Agência France-Presse
postado em 14/05/2013 16:46
PARIS - O uso de um determinado tipo de açúcar permitiria substituir o cianeto para extrair ouro ou recuperá-lo de componentes eletrônicos descartados a um preço módico e sem causar danos ao meio ambiente, afirmam cientistas que dizem ter descoberto por acaso essas propriedades surpreendentes de um derivado do amido.
A indústria mineradora recorre principalmente ao cianeto, uma substância extremamente tóxica, para dissolver o ouro e recuperá-lo por meio de filtragem. Dessa forma são extraídos mais de 80% do ouro produzido em todo o mundo em processos que supõem riscos ambientais importantes e para a saúde humana em caso de vazamento.
Em fevereiro passado, em uma metalúrgica do norte do Japão foi registrado um vazamento de cinco toneladas de resíduos com cianeto de sódio, quantidade suficiente para matar 125.000 pessoas. Felizmente, a neve absorveu grande parte desse vazamento.
"A eliminação do cianeto da indústria aurífera é de importância vital para o meio ambiente. Nós conseguimos substituir essas temidas substâncias por uma matéria branca, biologicamente inofensiva, derivada do algodão", resumiu Fraser Stoddart, um químico da Northwestern University de Illinois (EUA).
A equipe de Stoddart assegura ter feito esta descoberta de forma fortuita, tentando produzir em laboratório pequenas estruturas cúbicas capazes de armazenar gases ou outras moléculas.
Zhichang Liu, o principal autor do estudo publicado nesta terça-feira na revista Nature Communications, misturou o conteúdo de dois tubos de ensaio, um com alfa-ciclodextrina (um tipo de açúcar resultante da degradação do amido por uma bactéria) e o outro com uma solução que continha ouro.
De forma inesperada, minúsculas agulhas se formaram rapidamente na mistura. "A princípio fiquei decepcionado porque minha experiência não produzia cubos, mas ao ver as agulhas, quis saber mais sobre sua composição", explicou o jovem pesquisador em um comunicado divulgado por sua universidade.
As verificações revelaram que essas agulhas surpreendentes eram complexos de íons de ouro capturados por átomos, água e ciclodextrina. "Zhichang encontrou uma fórmula mágica para isolar o ouro de qualquer outra coisa, e de forma ecológica", afirmou Fraser Stoddart.
A indústria mineradora recorre principalmente ao cianeto, uma substância extremamente tóxica, para dissolver o ouro e recuperá-lo por meio de filtragem. Dessa forma são extraídos mais de 80% do ouro produzido em todo o mundo em processos que supõem riscos ambientais importantes e para a saúde humana em caso de vazamento.
Em fevereiro passado, em uma metalúrgica do norte do Japão foi registrado um vazamento de cinco toneladas de resíduos com cianeto de sódio, quantidade suficiente para matar 125.000 pessoas. Felizmente, a neve absorveu grande parte desse vazamento.
"A eliminação do cianeto da indústria aurífera é de importância vital para o meio ambiente. Nós conseguimos substituir essas temidas substâncias por uma matéria branca, biologicamente inofensiva, derivada do algodão", resumiu Fraser Stoddart, um químico da Northwestern University de Illinois (EUA).
A equipe de Stoddart assegura ter feito esta descoberta de forma fortuita, tentando produzir em laboratório pequenas estruturas cúbicas capazes de armazenar gases ou outras moléculas.
Zhichang Liu, o principal autor do estudo publicado nesta terça-feira na revista Nature Communications, misturou o conteúdo de dois tubos de ensaio, um com alfa-ciclodextrina (um tipo de açúcar resultante da degradação do amido por uma bactéria) e o outro com uma solução que continha ouro.
De forma inesperada, minúsculas agulhas se formaram rapidamente na mistura. "A princípio fiquei decepcionado porque minha experiência não produzia cubos, mas ao ver as agulhas, quis saber mais sobre sua composição", explicou o jovem pesquisador em um comunicado divulgado por sua universidade.
As verificações revelaram que essas agulhas surpreendentes eram complexos de íons de ouro capturados por átomos, água e ciclodextrina. "Zhichang encontrou uma fórmula mágica para isolar o ouro de qualquer outra coisa, e de forma ecológica", afirmou Fraser Stoddart.