Ciência e Saúde

Ciência sem Fronteiras prevê a emissão de 101 mil bolsas até 2015

Já foram quase 40 mil, a maior parte delas para a graduação no exterior. A internacionalização é base de um dos programas do governo federal brasileiro

Carolina Cotta
postado em 15/05/2013 07:00
Maximiller Costa faz pós-doutorado na Califórnia:

Belo Horizonte ;
Aos 38 anos, o paulista Alysson Muotri é professor de medicina na Universidade da Califórnia em San Diego. Conseguiu aquilo buscado por muitos brasileiros que investem em formação no exterior: fazer pesquisa com a melhor estrutura possível. Estudioso de células-tronco e neurociência, o especialista expatriado convive com pessoas de todo o mundo, inclusive outros brasileiros. San Diego, ;reformulada; para ser um polo de pesquisa, respira ciência. Muotri saiu do Brasil em 2008 para fazer o pós-doutoramento. Segundo ele, não há massa crítica em células-tronco no Brasil. ;É uma área nova. Precisamos gerar mão de obra especializada.; Mas, em termos de financiamento, acredita que o nosso país está melhor que os Estados Unidos neste momento. ;Entretanto, faltam verbas para infraestrutura e importação, o que dificulta a pesquisa.; Apesar de adorar a possibilidade de voltar, ele acha que sua contribuição lá fora é mais forte. ;Mas voltaria se tivesse no Brasil as mesmas condições que tenho aqui.;



Diogo Magnani, 30, escolheu a Universidade de Wisconsin para seu doutorado, sete anos atrás. Atualmente, é pesquisador na Universidade de Miami, onde investiga vacinas contra a dengue e o HIV. São boas as perspectivas por lá, mas ele considera voltar um dia. ;Sinto que posso contribuir muito com minha experiência para desenvolver a ciência e a biotecnologia brasileiras;, afirma. A internacionalização é inerente à pesquisa e base de um dos mais audaciosos programas do governo federal brasileiro. Iniciativa conjunta dos ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Educação (MEC), o Ciência sem Fronteiras, lançado em 2011, prevê a emissão de 101 mil bolsas até 2015. Até agora, foram quase 40 mil, a maior parte delas para a graduação no exterior.

Já foram quase 40 mil, a maior parte delas para a graduação no exterior. A internacionalização é base de um dos programas do governo federal brasileiro

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação