Ciência e Saúde

Programa criado em Minas busca evitar a extinção do pato-mergulhão

Os últimos 250 indivíduos da espécie se dividem entre a Serra da Canastra (MG), a Chapada dos Veadeiros (GO) e a do Jalapão (TO). O animal é considerado uma das 10 aves mais ameaçadas de extinção no mundo

Humberto Siqueira
postado em 03/06/2013 09:02

Lívia Lins, coordenadora do programa:

Belo Horizonte - Ele é tão raro que poucas pessoas se dão conta de sua existência. O pato-mergulhão (Mergus octosetaceus) já viveu na Argentina, no Paraguai e no Brasil, mas, hoje, os últimos 250 indivíduos da espécie se dividem entre a Serra da Canastra (MG), onde existem em maior quantidade, a Chapada dos Veadeiros (GO) e a do Jalapão (TO). Por isso, é considerado uma das 10 aves mais ameaçadas de extinção no mundo.



O que levou o animal a uma situação tão preocupante não foi a caça, mas a perda de hábitat, que acabou deixando-o encurralado nessas áreas do território nacional. Para evitar a extinção, a organização não governamental Instituto Terra Brasilis, com sede em Minas Gerais, criou o Programa Pato-Mergulhão, com estratégia ambiental específica para estudar a ave e sensibilizar a população e produtores rurais. Conforme explica a coordenadora do programa, Lívia Lins, a espécie vive apenas em rios de água corrente limpa. ;Isso porque ela se alimenta basicamente de peixes. E precisa mergulhar com condições de enxergar a presa. Como boa parte dos rios brasileiros está poluída, o pato perdeu espaço;, explica.

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