Ciência e Saúde

Pesquisadores comprovam que planta indiana age contra tuberculose

A trepadeira usada na medicina tradicional do país asiático tem compostos capazes de combater a doença e outras infecções causadas por bactérias

Ludymilla Sá
postado em 05/06/2013 09:49

Vasco Azevedo, ao lado do pesquisador indiano Sandeep Tiwari: grupo multidisciplinar para avaliar a planta
Belo Horizonte
- A tuberculose não para de crescer no mundo e mata, por ano, cerca de 1,4 milhão de pessoas. Agora, a doença pode ganhar um forte adversário, graças a um estudo internacional conduzido com a participação de brasileiros. O grupo de cientistas comprovou a eficácia de uma planta originária da Índia no combate à enfermidade e a outras infecções causadas por bactérias.



Muito usada no país asiático, a folha da trepadeira betel, também conhecida por piper betle, já tinha suas funções terapêuticas conhecidas pela medicina ayurvédica, ciência milenar indiana cujos princípios deram origem às medicinas chinesa, árabe, romana e grega. A planta era indicada no tratamento de inflamações, dores de cabeça e problemas respiratórios, e o povo indiano, especificamente o do norte do país, sempre usou as folhas como forma de também auxiliar na digestão e na limpeza bucal.

Agora, ela teve a eficácia comprovada cientificamente por uma equipe internacional de pesquisadores da Índia, do Brasil, do México, dos Estados Unidos e da Dinamarca liderada pelo indiano Debmalya Barh, do Instituto de Omics Integrativas e Biotecnologia Aplicada (IIOAB), em Nonakuri, na Índia. ;Realizamos testes in vitro em duas bactérias, a Corynebacterium pseudotuberculosis, que causa uma falsa tuberculose em caprinos e ovinos, e a Vibrio cholerae, causadora da cólera. E, pela primeira vez, destrinchamos os compostos isolados das folhas da betel;, conta Vasco Azevedo, líder da equipe brasileira.

A trepadeira usada na medicina tradicional do país asiático tem compostos capazes de combater a doença e outras infecções causadas por bactérias

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação