Paloma Oliveto
postado em 07/07/2013 08:00
Distúrbio incapacitante que afeta 14% da população mundial, a enxaqueca não é uma dor de cabeça comum nem desaparece pouco tempo depois de se tomar um analgésico. As crises são tão graves que até a luz e o som podem parecer insuportáveis. Outros sintomas, como vômitos, costumam acompanhar os pacientes durante a manifestação do problema. Ainda assim, as causas permanecem desconhecidas. Estudos recentes, porém, têm apontado fatores genéticos como principais desencadeadores do problema e oferecem a esperança de que, no futuro, seja possível desenvolver terapias específicas de combate à doença.;Entender as causas da enxaqueca nos dará a oportunidade de criar e testar drogas que possam ser mais focadas, abrindo possibilidade para prevenir ou interromper completamente os ataques;, diz o geneticista Kári Stefánsson, presidente do consórcio de pesquisas deCODE. De acordo com ele, acredita-se que o problema seja o resultado de anomalias neurológicas provocadas por mutações genéticas e duas delas foram identificadas desde 2010. Agora, uma equipe internacional de cientistas, da qual Stefánsson fez parte, descobriu 12 regiões do DNA que, se abrigarem algum tipo de variante, aumentam a suscetibilidade à enxaqueca. Dessas, cinco estão diretamente relacionadas ao desencadeamento de crises.