Isabela de Oliveira
postado em 15/07/2013 08:36
Eles vivem mais perto do que imaginamos, mas não são fáceis de reconhecer. Alguns cometem seus crimes sem culpa, enquanto outros se arrependem amargamente. As mortes mais brutais podem acontecer por excesso de amor, ódio e até mesmo por ausência completa de sentimento. No entanto, não há uma receita para um assassino. Os motivos que os levam a matar ainda são um intrincado quebra-cabeça. Para entender melhor como funciona a mente de um homicida, o psiquiatra norte-americano Robert Hanlon levantou as principais diferenças entre os matadores, que, segundo ele, podem ser classificados, de maneira geral, como impulsivos ou predatórios.
Dada a complexidade do tema, muitas vezes é difícil classificar determinado homicida como impulsivo ou predatório. De uma maneira geral, contudo, o primeiro grupo, como o nome já diz, age sem premeditação, característica marcante do outro tipo. A tese de que as duas formas de violência são caracterizadas por fenótipos comportamentais diferentes tem sido muito estudada pelas ciências forenses. Estudiosos como Hanlon defendem que os assassinos impulsivos apresentam padrões de ativação cerebral e funções executivas diferentes dos homicidas que planejam seus crimes. No entanto, até agora, nenhuma pesquisa havia examinado a extensão das distinções neuropsicológicas e intelectuais entre os dois tipos.