Belo Horizonte ; Rica em antioxidantes, a casca da jabuticaba é objeto de uma série de pesquisas voltadas para a exploração cada vez mais efetiva dos benefícios nutritivos dela. Na Universidade Federal de Lavras (Ufla), no sul de Minas Gerais, uma equipe de pesquisadores do Departamento de Química reforça os estudos sobre o fruto nativo do Brasil com avanços importantes, inclusive uma patente no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A equipe chegou à composição de uma farinha e de um extrato da casca da jabuticaba que serão usados não apenas como corante, mas também como aditivos para enriquecer alimentos. Até agora, já foram realizados testes com iogurtes e apresuntados, mas já há outros produtos na lista de experimentos.
Angelita Duarte Corrêa, professora e integrante do grupo de pesquisas, conta que o detalhamento sobre a composição nutricional da jabuticaba começou há mais de sete anos. ;Uma aluna de doutorado fez a caracterização química do fruto e de suas frações (casca, poupa e semente). Constatamos, a partir daí, que a casca era rica em compostos fenólicos, fibras, especialmente as solúveis, e também minerais;, detalha a estudiosa.
Os compostos fenólicos são aqueles que concentram grupos de antioxidantes, responsáveis principalmente pelo combate de radicais livres, agentes no processo de envelhecimento celular. As fibras, por sua vez, auxiliam no trato digestório, sendo que as solúveis atuam na redução do colesterol e na absorção de glicose. Quanto aos minerais, as concentrações mais expressivas registradas foram de ferro, potássio, magnésio e manganês.
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