Ciência e Saúde

Substância ajuda a diagnosticar com maior precisão tumores malignos

Os exames serão organizados pelo Centro de Imagem Molecular (Cimol), da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e devem ocorrer até o fim deste mês

Felipe Canêdo
postado em 13/08/2013 07:00

Belo Horizonte ; Pela primeira vez no Brasil, testes de imagem para detectar o desenvolvimento de células cancerígenas usando a substância radioativa (18f) fluorclorina serão ministrados em humanos. Os exames serão organizados pelo Centro de Imagem Molecular (Cimol), da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e devem ocorrer até o fim deste mês. Eles serão realizados em pacientes com câncer de próstata voluntários e contribuirão para que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passe a permitir sua comercialização no Brasil.

O médico e professor da UFMG Marcelo Mamede conduz o teste inovador em pacientes com câncer de próstata

Se tudo correr bem no chamado ;ensaio clínico; ; quando o fármaco é testado em humanos ;, o Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear (CDTN), instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e sediada no câmpus da UFMG, em Belo Horizonte, passará a produzir e comercializar a (18f) fluorclorina. ;Essa substância já é utilizada na Europa há alguns anos e recentemente teve seu uso liberado para uso clínico nos Estados Unidos;, explica o professor e coordenador de Medicina Nuclear do Cimol, Marcelo Mamede. Segundo ele, os exames de tomografia por emissão de pósitrons (PET, na sigla em inglês) possibilitam diagnósticos mais precoces do que as tomografias e as ressonâncias magnéticas. Mamede conta também que a (18f) fluorclorina já foi testada em animais no Brasil.



[SAIBAMAIS]No procedimento, o radiofármaco é injetado no paciente e se espalha por seu corpo. O paciente passa a emitir radiação, que é medida pelo aparelho de PET, e as áreas onde há maior reprodução de células emitem maior radiação. A partir disso, é possível fazer uma imagem de tumores. ;Você tem a pele ou o osso, e, quando o tumor começa a crescer, a estrutura muda de tamanho, de forma, de conformação. Mas nas tecnologias já estabelecidas, como tomografias e ressonâncias, há restrições em tamanho, em características e, eventualmente, só é possível fazer o diagnóstico depois de um tempo. Quando eu pego a PET usando radiofármacos, consigo fazer esse diagnóstico antes;, frisa Mamede.

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