Belo Horizonte ; Não faz muito tempo, ao assistir a filmes nos quais técnicas de reconhecimento facial eram usadas para identificar espiões, terroristas e até mesmo os mocinhos da história, muita gente imaginava que aquilo não passava de ficção. Ou, então, que seria, sim, uma tecnologia viável, mas que ainda demoraria muito tempo para se tornar acessível. A ciência e a inovação, contudo, não param, e, hoje, empresas, polícias Civil e Federal e instituições financeiras, entre vários outros setores, já contam com sistemas altamente confiáveis, com precisão que chega a 100% , para evitar vários tipos de fraudes e violações aos seus sistemas de segurança. A identificação por meio de características pessoais (e únicas) de alguém é feita com recursos do que se conhece por biometria, que, nesse caso específico, seriam chamados de biometria facial.
Trabalhos que usam esse tipo de tecnologia são especialidade de uma empresa mineira que recebeu recentemente na Suíça prêmio de inovação tecnológica por desenvolver um sistema de reconhecimento facial para ser usado no transporte público. A tecnologia inibe a ação fraudulenta de passageiros que utilizam indevidamente cartões de benefícios (para idosos e estudantes, por exemplo). O projeto, da Empresa 1, foi implantado inicialmente em Ilhéus (BA) e, apenas nos primeiros 10 meses de utilização, bloqueou 10 mil cartões, ou 17% do total expedido, que estavam sendo usados de forma fraudulenta. ;A tecnologia moraliza o serviço de transporte público e pode ajudar na redução do preço da passagem, à medida que impede pessoas honestas de pagarem pelo abuso dos desonestos;, afirma Romano Garcia, diretor comercial da companhia, ressaltando que a tecnologia já está implantada em várias outras cidades.
Controle com detalhes
Para o funcionamento do sistema, inicialmente o usuário precisa fazer um cadastramento com a empresa que gerencia o transporte público municipal. No local, é feita uma foto de boa qualidade da pessoa, que fica armazenada com todas as suas informações em um banco de dados. Dentro dos ônibus, uma câmera que funciona ininterruptamente e um validador fazem o trabalho de reconhecimento e checagem das informações. Como o ambiente interno dos ônibus é bem diferente do lugar em que a foto de cadastro foi feita, as câmeras contam com LEDs infravermelhos (para quando está muito escuro) e filtros especiais (para quando há luz em excesso). São feitas em média, para comparação, oito fotos de cada passageiro.
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