postado em 22/08/2013 08:53
Cientistas da China informaram nesta quinta-feira (22/8) que estão pesquisando a existência de um vírus do tipo H7 que infecta galinhas. Eles estudam o vírus da gripe das aves H7N9, que matou mais de 40 pessoas no país desde março. O vírus foi batizado de H7N7 e tem capacidade de infectar mamíferos, segundo experiência de laboratório. ;Se deixarmos o H7N7 continuar a circular em galinhas, tenho a certeza de que ocorrerão casos de infecção humana;, disse por e-mail o coautor do estudo Yi Guan, da Universidade de Hong-Kong. ;Esse vírus pode causar infecções mais graves que o H7N9;, observou.[SAIBAMAIS]Para os especialistas chineses, é necessário manter o alerta, pois o novo vírus pode representar uma ameaça. ;A prevalência continuada dos vírus H7 em aves poderá levar à geração de variantes altamente patogênicas e mais infecções humanas esporádicas;, disseram os cientistas, em um artigo publicado na revista Nature. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), houve 135 casos confirmados de pessoas que contraíram a gripe das aves H7N9 ao longo do ano, 44 morreram. Todos os casos ocorreram na China, com exceção de um em Taiwan. O H7N7 se espalha em aves. Em 2003, causou uma morte humana e mais de 80 casos moderados da doença na Holanda. Para o novo estudo, os especialistas testaram em ratos de laboratório o vírus H7N7. Os animais desenvolveram pneumonia grave, o que sugere que o vírus é potencialmente infeccioso para os seres humanos.
;Pensamos que é assustador para os humanos. A população humana não tem anticorpos contra o subtipo de vírus da gripe H7. Por isso, se ele causar um surto pandêmico, matará muitas pessoas;, disse Yi Guan, da Universidade de Hong-Kong. Em uma amostra de 150 galinhas testadas, 36 eram portadoras do vírus H7N7 e muitas aves tinham tanto o H7N7 quanto o H7N9. Ao analisar o estudo, o professor Iain Jones, da Universidade de Reading, disse que o vírus não é ;um imediato perigo público;. ;Os programas de vigilância podem agora concentrar-se em estirpes fundamentais no processo de adaptação e erradicá-las;, disse ele, em texto divulgado pelo Science Media Centre.