Aquela paradinha na sala do café pode fazer muito bem ao coração. É o que indica um estudo feito na Universidade de São Paulo (USP). Movidos pela curiosidade de desvendar os segredos da bebida, os pesquisadores analisaram diferentes torragens do grão e, depois de acompanhar os voluntários durante cinco anos, confirmaram os efeitos antioxidantes da bebida e os efeitos positivos provocados no sistema cardiovascular.
Participaram do estudo 150 pessoas, que, inicialmente, ficaram 21 dias sem tomar café. Em seguida, ingeriram a bebida continuamente. Foram 450ml por dia, divididos em dois períodos de 28 dias para que houvesse mudança na intensidade da torra. À cada etapa, os voluntários tiveram indicadores de saúde avaliados, como o colesterol, a pressão arterial e a capacidade para a prática de exercícios físicos (veja arte). ;As análises do plasma sanguíneo revelaram maior atividade antioxidante nos consumidores de café, seja com o café de torra média, seja o com torra escura;, explica Luiz Antônio Cézar, diretor da Unidade de Coronariopatia Crônica do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP, o Incor, e um dos responsáveis pelo estudo.
A ação antioxidante, de acordo com o especialista, já havia sido comprovada em outras pesquisas, mas faltava um experimento brasileiro nesse sentido. ;O café é bebido no mundo todo. Há controvérsias sobre benefícios e malefícios, em especial da cafeína. Estudos epidemiológicos são feitos em vários lugares e cada vez em maior número, mas nenhum no Brasil;, explica Cézar, que destaca também a importância de testar os grãos em diferentes tipos de torra. ;Torrando são alteradas algumas substâncias, e outras, destruídas. Queríamos saber se haveria diferenças. e houve.; Os resultados indicaram que a torra mais clara provoca um leve aumento na pressão arterial. A escura não causa alterações nesse sentido.
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