Alimento nutritivo e saboroso, presente na culinária de todo o mundo, o milho acaba de ter sua lista de benefícios à humanidade ampliada. Especialistas americanos utilizaram cascas e talos da planta para desenvolver um método mais barato de produzir biocombustível, mais especificamente o isobutanol. A conquista se soma aos esforços para encontrar fontes de energia que sirvam de alternativa ao petróleo e, ao mesmo tempo, não retirem recursos da alimentação.
Realizado por um grupo de pesquisadores das universidades da Califórnia e de Michigan, o estudo foi divulgado recentemente na revista científica Proceedings of the National Academy of Science (Pnas). Como em outras iniciativas do gênero, os cientistas buscavam uma forma de transformar a chamada biomassa lignocelulósica em um combustível pouco poluente. ;A biomassa lignocelulósica é a parte não alimentar de plantas, como caules, folhas etc. Ela é amplamente pensada para ser a matéria-prima mais sustentável de combustíveis, porque é muito abundante, barata e pode ser adquirida sem competir com a produção de alimentos, por ser coletada;, afirma o bioengenheiro Jeremy Minty, um dos autores do artigo.
O especialista está convencido do potencial desse tipo de material. ;Só nos Estados Unidos, poderíamos produzir até 1 bilhão de toneladas de biomassa por ano. Isso seria suficiente para fabricar uma quantidade de biocombustível que reduziria em 30% ou mais nosso uso de petróleo atual;, destaca. Ele afirma que o uso do milho no estudo se deveu ao fato de os Estados Unidos serem um dos maiores produtores do grão no mundo, mas há possibilidade de utilizar outras espécies vegetais. ;A nossa tecnologia poderia ser usada para produzir biocombustíveis a partir de vários tipos de biomassa lignocelulósica, incluindo o bagaço da cana-de-açúcar;, garante.
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