Ciência e Saúde

Pesquisa desenvolve técnica para produzir biocombustível com milho

A conquista se soma aos esforços para encontrar fontes de energia que sirvam de alternativa ao petróleo e, ao mesmo tempo, não retirem recursos da alimentação

postado em 02/09/2013 06:05

Alimento nutritivo e saboroso, presente na culinária de todo o mundo, o milho acaba de ter sua lista de benefícios à humanidade ampliada. Especialistas americanos utilizaram cascas e talos da planta para desenvolver um método mais barato de produzir biocombustível, mais especificamente o isobutanol. A conquista se soma aos esforços para encontrar fontes de energia que sirvam de alternativa ao petróleo e, ao mesmo tempo, não retirem recursos da alimentação.

Plantação de milho: técnica desenvolvida pode ser aplicada também em outras culturas, como a da cana
Realizado por um grupo de pesquisadores das universidades da Califórnia e de Michigan, o estudo foi divulgado recentemente na revista científica Proceedings of the National Academy of Science (Pnas). Como em outras iniciativas do gênero, os cientistas buscavam uma forma de transformar a chamada biomassa lignocelulósica em um combustível pouco poluente. ;A biomassa lignocelulósica é a parte não alimentar de plantas, como caules, folhas etc. Ela é amplamente pensada para ser a matéria-prima mais sustentável de combustíveis, porque é muito abundante, barata e pode ser adquirida sem competir com a produção de alimentos, por ser coletada;, afirma o bioengenheiro Jeremy Minty, um dos autores do artigo.



O especialista está convencido do potencial desse tipo de material. ;Só nos Estados Unidos, poderíamos produzir até 1 bilhão de toneladas de biomassa por ano. Isso seria suficiente para fabricar uma quantidade de biocombustível que reduziria em 30% ou mais nosso uso de petróleo atual;, destaca. Ele afirma que o uso do milho no estudo se deveu ao fato de os Estados Unidos serem um dos maiores produtores do grão no mundo, mas há possibilidade de utilizar outras espécies vegetais. ;A nossa tecnologia poderia ser usada para produzir biocombustíveis a partir de vários tipos de biomassa lignocelulósica, incluindo o bagaço da cana-de-açúcar;, garante.

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