Embora a medicina tenha avançado nas técnicas cirúrgicas para o tratamento do câncer, preservar ao máximo as células sadias e retirar todas as que têm tumor continua sendo um desafio. Quando a doença se dá no cérebro, esse cuidado é envolto com a possibilidade de afetar as capacidades cognitivas do paciente. Pesquisadores das universidades de Michigan e de Harvard, nos Estados Unidos, aprimoram uma técnica que pode amenizar o problema. O estudo, publicado na revista Science Translational Medicine, mostra que, com um laser, é possível operar pacientes com glioblastoma multiforme, o tipo mais agressivo em seres humanos, sem deixar para trás células que poderiam gerar um novo tumor.
O procedimento é uma adaptação da microscopia Raman, técnica que mapeia espécimes biológicas para identificar o câncer. Ela funciona com a emissão de luzes que identificam as células cancerígenas, mas sem muita precisão. Ao codificar um sinal da ferramenta que emite duas cores de luz, os pesquisadores conseguiram ampliar a resolução das imagens obtidas, o que facilita a identificação dos tecidos doentes (veja infográfico). Segundo eles, a nova ferramenta, chamada de stimulated raman scattering (SRS), permitirá uma abordagem mais segura durante as cirurgias.
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