Um time internacional de pesquisadores desenvolveu uma estratégia que poderia preservar 17% da superfície vegetal e 60% das espécies de plantas do planeta, dois objetivos estabelecidos, respectivamente, nas Metas de Aichi e na Estratégia Global para Preservação de Plantas, ambas iniciativas das Nações Unidas. A proposta, que, se alcançada, representaria um ganho enorme ao meio ambiente, mereceu espaço em uma das mais prestigiosas revistas científicas do mundo, a Science. No entanto, especialistas que não participaram do trabalho se mostram céticos quanto à viabilidade da ideia.
Depois de utilizar um algoritmo para identificar as áreas do planeta que mais possuem espécies vegetais, os autores do artigo sugerem ações de preservação localizadas para alcançar as duas metas. A análise levou em conta a prevalência de espécies endêmicas ; aquelas que só existem em determinadas regiões ; e analisou mais de 100 mil variedades vegetais, compiladas pelo Royal Botanic Gardens, no Reino Unido.
Entre as regiões que deveriam ser prioridade das ações preservacionistas, destacam-se Madagascar, a Nova Guiné e o Equador. Os autores argumentam que as espécies endêmicas localizadas em pequenas áreas geográficas, como ilhas, têm mais chances de desaparecer completamente do mapa. Por isso, precisam de mais proteção do que áreas extensas, das quais a Amazônia brasileira, o cerrado e quase toda a África seriam um exemplo.
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