Roberta Machado
postado em 20/09/2013 08:22
Depois de animar o mundo com as primeiras provas concretas de que rios caudalosos já correram em Marte e atestar que aquela terra vermelha teve condições de abrigar vida em tempos passados, o rover científico Curiosity joga um balde de água fria naqueles que esperavam sinais de organismos habitando o planeta no presente. Uma análise de dados colhidos pelo laboratório móvel, disponibilizada no site Sciencexpress, da revista Science, que um dos maiores indicadores de atividade biológica pode simplesmente não existir na superfície do vizinho. O robô espacial aferiu que a quantidade de metano no vizinho é praticamente nula, um dado que contraria números medidos anteriormente por satélites e telescópios terrestres.
Na última década, uma variedade de instrumentos vasculhou a atmosfera marciana em busca de metano e apontou nuvens do material flutuando sobre o planeta. A presença do gás, que tem como principal fonte os seres vivos, foi recebida como uma informação controversa, porém suficiente para receber a atenção dos pesquisadores mais otimistas. Agora, a polêmica volta, com a nova análise da agência espacial dos Estados Unidos (Nasa), segundo a qual a quantidade do elemento pode ser seis vezes menor do que a esperada. Os números constatados pelo robô indicam que a maior concentração de metano existente em Marte é de apenas 1,3 parte por bilhão.
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