Paloma Oliveto
postado em 11/10/2013 08:10
O aumento da longevidade tem levado a um paradoxo na saúde pública: ao mesmo tempo em que o ganho em anos de vida é comemorado, cresce a preocupação com a alta na incidência de doenças degenerativas. Nesse grupo, inclui-se o Alzheimer, que, segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge 35,6 milhões de idosos no mundo. Ainda sem tratamento específico, esse mal, caracterizado pela perda progressiva da memória, poderá ser controlado no futuro por um comprimido administrado via oral. Em ratos, o composto químico conseguiu eliminar os sintomas da enfermidade, segundo um grupo de pesquisadores ingleses.
[SAIBAMAIS]A notícia foi recebida com entusiasmo pela comunidade científica, mas especialistas e os próprios envolvidos no estudo ressaltaram que, embora signifique um passo importante, o experimento não é sinônimo da cura da doença. Um dos problemas é que, nos animais, o mesmo composto que reverteu a demência provocou efeitos colaterais graves, incluindo diabetes e falência do pâncreas. Além disso, os resultados referem-se a testes feitos em roedores, sendo que as cobaias foram manipuladas geneticamente para sofrer doenças priônicas ; inflamações cerebrais que se comportam e têm consequências semelhantes às do Alzheimer, mas não são a mesma coisa.
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