A arte da guerra, obra milenar atribuída a Sun Tzu, afirma que a luta armada entre povos tem importância crucial para o Estado: ;Dela, depende a ruína ou a conservação do império. Urge bem regulá-la;. Para um grupo de pesquisadores dos Estados Unidos e do Reino Unido, as palavras do general chinês não poderiam ser mais precisas, pelo menos no que se refere às civilizações da antiguidade. E não é propriamente a história que comprovaria a tese do livro, afirmam os especialistas, mas a matemática.
Em um artigo publicado recentemente na revista PNAS, cientistas liderados por Peter Turchin, do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva da Universidade de Connecticut (EUA), apresentam um modelo matemático que ; ao ser abastecido com dados referentes a crescimento populacional, recursos agrícolas, aspectos geográficos e tecnologias bélicas, entre outros ; seria capaz de estimar quando uma sociedade viveria suas épocas de expansão e de declínio.
Para testar se essa fórmula do desenvolvimento das civilizações tinha mesmo eficácia, eles inseriram dados de civilizações que surgiram na Ásia, na Europa e na África entre 1500 a.C. e 1500 d.C. e compararam as previsões feitas pelo modelo matemático com o que de fato ocorreu segundo os livros de história. Os cálculos, demonstram no artigo, foram capazes de explicar 65% dos eventos históricos. Curiosamente, quando os dados referentes à difusão das tecnologias militares foram deixados de lado, o índice caiu para 16%.
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