postado em 21/10/2013 06:01
té um ano atrás, os cientistas não estavam certos sobre a forma como os elefantes emitem seu característico som gutural. ;Alguns sugeriam que se tratava de algo semelhante ao que ocorre com humanos, algo passivo, uma vibração induzida pelo fluxo de ar no tecido da laringe. Outros acreditavam que era como o miado dos gatos, que requer um controle neural;, conta Christian Herbst, pesquisador da Universidade de Viena. Uma dificuldade para entender a questão é que, diferentemente do que ocorre com pessoas, é muito difícil inserir um tubo com uma câmera pelo trato vocal do elefante para ver o que se passa dentro do órgão.
Contudo, em 2010, surgiu uma oportunidade de se desvendar o mistério. Foi quando um elefante africano morreu no Zoológico de Tierpark, em Berlim. Um colaborador de Herbst coletou a laringe do animal e a enviou ao cientista, que, com a colega Angela Stoeger, conseguiu estudá-la e concluir que os sons do grande mamífero são produzidos como o dos humanos: de forma passiva, simplesmente provocado pela passagem de ar pela caixa de voz. O resultado foi publicado no ano passado, mas, como a oportunidade de investigar a laringe de um elefante é rara, Herbst decidiu ir além na pesquisa. Agora, ele publicou um trabalho no The Journal of Experimental Biology, no qual mostra as diferenças e semelhanças entre a produção de som nesses animais e nos humanos.
Herbst constatou que as cordas vocais dos elefantes são muito diferentes das dos homens. Comparando tomografias computadorizadas da laringe das duas espécies, ele notou que, no caso dos paquidermes, as cordas ficam em um ângulo muito agudo em relação à corrente de ar; já nos humanos, elas são praticamente perpendiculares. Além disso, as cordas dos elefantes são muito maiores e 180% mais finas que as dos homens.
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