Ciência e Saúde

Testes feitos em ratos mostram que impulsos elétricos revertem a paralisia

Cientistas da Suíça despertaram a medula espinhal de ratos com choques. Após uma semana de tratamento, as cobaias conseguiram andar e nadar. Ainda não há data, porém, para os testes em humanos

Isabela de Oliveira
postado em 24/10/2013 06:03
Quando algumas estruturas do sistema nervoso sofrem um trauma violento, deixam de obedecer às ordens do comando central do organismo humano, o cérebro. A lesão grave na medula espinhal tem como consequência deficiências motoras, incluindo a paralisia completa. Um estudo publicado na edição de hoje da revista Science Translational Medicine, porém, relata como pesquisadores da Universidade de Zurique, na Suíça, conseguiram reverter esses prognósticos. Por meio de estimulação elétrica, eles conseguiram que ratos recuperassem o movimento das patas.

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Pesquisadores de todo o mundo encararam o desafio de fazer com que pessoas paralisadas ou sem parte dos movimentos possam voltar a andar a partir da indução do crescimento de fibras lesionadas e do enxerto de células-tronco, que reconectariam os neurônios do centro de comando, no tronco do cérebro, ao local da lesão. Algumas dessas terapias estão, agora, passando por testes clínicos, com pacientes com comprometimentos da medula, um extenso emaranhado de neurônios que começa no cérebro e percorre quase toda a coluna.

Os ensaios, no entanto, são realizados principalmente com pacientes recém-feridos. Essas terapias dependem, em parte, do ;impulso de crescimento;, percebido imediatamente após a lesão, quando as fibras nervosas tentam regredir ou formar percursos alternativos. Em humanos, esse período cessa completamente após cerca de um ano, o que torna a missão de reabilitar pacientes com lesões medulares antigas um grande desafio.

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