postado em 27/10/2013 15:35
Brasília ; O Brasil tem em torno de 5 milhões de pessoas com psoríase, doença de pele não contagiosa, de aparência escamosa, com a qual o paciente convive sem maiores transtornos. Mas, ;por ser uma doença crônica, de aspecto desagradável, muitos ainda tratam a psoríase com certo preconceito, daí a necessidade de esclarecer melhor a população sobre a doença;, explicou o presidente da Associação Brasiliense de Psoríase (Abrapse), Elias Barros de Magalhães.Com esse objetivo, a Abrapse e a Sociedade Brasileira de Dermatologia montaram estande hoje (27), no Parque da Cidade, onde distribuem material educativo sobe a doença, que pode atingir qualquer parte do corpo. A campanha, coordenada por Elias Barros na capital federal, antecipa o Dia Mundial de Combate à Psoríase, na próxima terça-feira (29), mas a campanha também mobiliza outras grandes cidades do país, como São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Fortaleza e Manaus.
Elias Barros disse que a psoríase se manifesta pelo surgimento de manchas e placas avermelhadas na pele, geralmente com escamação esbranquiçada, que ;nem sempre é vista com agrado por outras pessoas;. Embora a doença não seja contagiosa, ele ressaltou que o portador da psoríase é obrigado a conviver, inclusive, com problemas de ordem social institucionalizada, como não poder participar de concursos públicos.
;Essa discriminação contribui para que muitos pacientes continuem desempregados, tendo que comprar remédios caros, de uso continuado, pagando do próprio bolso, pois mesmo a marcação de consultas no SUS [Sistema Único de Saúde] leva, às vezes, até um ano para o atendimento;, enfatizou.
Elias reclamou também da falta de apoio governamental para a campanha, que é feita pelos próprios portadores da doença, com a colaboração de médicos dermatologistas e reumatologistas. ;A gente faz porque sofremos na pele;, ressaltou.