Bruna Sensêve
postado em 30/10/2013 06:03
Mais de meio século atrás, experiências com roedores e outros tipos de animais revelaram que as manipulações neuronais de uma região específica do cérebro, chamada hipotálamo lateral (LH, na sigla em inglês), era capaz de alterar diversos comportamentos, incluindo os hábitos alimentares das cobaias. O conhecimento sobre essa regulação, no entanto, estacionou nas décadas seguintes, até que, agora, um grupo de pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, nos Estados Unidos, e do Centro Médico da Universidade de Utrecht, na Holanda, promoveu um novo avanço no entendimento dessa área cerebral. Esses cientistas desvendaram como ocorre a regulação química dos circuitos neuronais da LH, o que, segundo eles, pode levar a tratamentos eficazes para distúrbios alimentares.;Embora manipulações anatômicas e neurofarmacológicas diretas no LH produzam alterações profundas em uma variedade de comportamentos motivados, eles fornecem uma visão mecanicista limitada das discretas conexões dos circuitos que regulam comportamentos precisos, tais como a alimentação;, afirma Joshua Jennings, principal autor do estudo, publicado recentemente na revista Science.
Em estudos anteriores, percebeu-se que o hipotálamo lateral abriga um circuito de neurônios que pode tanto fazer com que indivíduos saciados continuem comendo quanto levar as cobaias a recusarem comida mesmo depois de muito tempo sem se alimentar. Para descobrir o processo que desencadeia esse controle neuronal sobre a fome, Jennings e colegas focaram uma outra região cerebral, chamada núcleo leito da estria terminal (NLET), cujos neurônios influenciam o LH.
A matéria completa está disponível para assinantes. Para assinar, clique