Paloma Oliveto
postado em 03/11/2013 07:45
Às vezes, o chão parece sumir. Os pés tentam tocá-lo, resvalam no ar e não se sustentam. Em outras ocasiões, é a vista que ;embaralha;, enganando as pernas. Há, também, objetos, como pedregulhos ou brinquedos soltos, que se agigantam, transformando-se em artefatos potencialmente letais. À medida que a idade avança, esses riscos desafiam o dia a dia. Cair torna-se quase inevitável e, devido à fragilidade dos ossos e à perda de força e massa muscular, as consequências vão muito além de um hematoma.
Se os tropeços do cotidiano são difíceis de evitar, é possível, entretanto, minimizar os danos de uma queda. Aliados do equilíbrio e da rigidez de braços e pernas, os exercícios físicos também ajudam a proteger o corpo depois que já foi ao chão. Treinos frequentes de fortalecimento, resistência e flexibilidade ; musculação e alongamento, por exemplo ; funcionam como um amortecedor, prevenindo fraturas e outros machucados graves. A conclusão é de pesquisadores franceses, que avaliaram os resultados de 17 estudos médicos, nos quais se investigaram os benefícios das atividades físicas na terceira idade.
;As quedas e os ferimentos resultantes estão entre os problemas médicos mais comuns e sérios sofridos por idosos. Nós já sabemos que programas de exercícios desenhados para esse público podem prevenir o desequilíbrio, mas, até agora, não havia evidências de que eles também reduzem o impacto dos tombos;, diz Fabienne El Khoury, especialista em epidemiologia da Universidade de Paris e principal autora do artigo, publicado no British Journal of Medicine. Depois de analisar dados de 4.205 pessoas com média de idade de 76 anos que participaram de estudos europeus, a pesquisadora descobriu o potencial protetor dos exercícios. ;Agora, constatamos que, mesmo no caso de acidentes mais graves, as consequências podem ser minimizadas;, conta.
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