Agência France-Presse
postado em 06/11/2013 19:01
Paris - Cientistas anunciaram nesta quarta-feira (6/11) que podem ter descoberto os sinais mais precoces já detectados de autismo em crianças pequenas ao observar bebês de dois meses que começam a evitar os olhos das outras pessoas.
Há muito tempo o desvio do olhar é considerado uma marca registrada de autismo, mas seu valor potencial como uma ferramenta de diagnóstico precoce ainda não havia sido explorado, escreveu uma equipe de cientistas em um artigo publicado na revista científica britânica Nature.
Os pesquisadores estudaram 110 crianças do nascimento até os dois anos de idade, usando tecnologia de rastreamento do olhar para medir a forma como olhavam para os rostos das pessoas. Treze crianças foram depois diagnosticadas com algum transtorno do espectro autista (TEA).
"Em crianças pequenas diagnosticadas depois com autismo, nós vimos um declínio constante na intensidade com que olhavam para os olhos das mães ao longo dos dois primeiros anos de vida, até mesmo nos primeiros seis meses", afirmou à AFP o co-autor do estudo Warren Jones, da Escola de Medicina da Universidade de Emory, em Atlanta (sul dos EUA).
Em algumas crianças, os sinais já poderiam ser observados aos dois meses de idade. O contato visual é considerado uma parte importante da interação social e do desenvolvimento humano.
Os pesquisadores não só descobriram que desviar o olhar era algo presente em crianças autistas no início da vida, como constataram algo ainda mais importante: que o contato visual diminuiu com o passar do tempo, ao invés de estar presente desde o início.
"Ambos os fatores têm o potencial de mudar dramaticamente as possibilidades para futuras estratégias de intervenções precoces", afirmou o co-autor Ami Klin, diretor do Centro de Autismo Marcus, também em Atlanta.
Embora não haja cura para o autismo, estudos demonstram que adotar o quanto antes uma terapia comportamental melhora o aprendizado, a comunicação e as habilidades sociais de crianças pequenas diagnosticadas com o transtorno.
Os pesquisadores utilizaram a tecnologia para medir os padrões de movimento dos olhos, enquanto mostraram às crianças vídeos de atores brincando e interagindo com elas.
Eles descobriram que as crianças pequenas diagnosticadas mais tarde com TEA prestaram cada vez menos atenção aos olhos do ator com o passar do tempo, um padrão que não costuma ser visto em crianças pequenas com desenvolvimento típico.
Os cientistas revelaram que as crianças cujos níveis de contato visual diminuíram mais rapidamente se tornaram, mais tarde, as mais incapacitadas.
Os estudiosos acompanharam dois grupos de crianças: 51 com baixo risco de desenvolver autismo e 59 com risco elevado (aquelas com um irmão mais velho já diagnosticado).
O TEA descreve um amplo espectro de transtornos nos quais uma pessoa é incapaz ou não deseja se comunicar ou interagir com outras, frequentemente de forma incapacitante.
Alguns pacientes sofrem atrasos no desenvolvimento cognitivo, enquanto outros podem apresentar dons espantosos em áreas específicas como matemática ou música. As causas do distúrbio ainda são um mistério.
Segundo números da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em 160 crianças tem algum transtorno do espectro autista, considerado uma das condições psiquiátricas com hereditariedade mais elevada.
A equipe alertou que os pais não conseguiriam observar o declínio do contato visual sozinhos. "Os sinais que observamos só são visíveis com a ajuda de tecnologia sofisticada e demandaram muitas outras medições ao longo de muitos meses. Se os pais tiverem alguma inquietação, deveriam consultar seus médicos", alertou Jones.
Há muito tempo o desvio do olhar é considerado uma marca registrada de autismo, mas seu valor potencial como uma ferramenta de diagnóstico precoce ainda não havia sido explorado, escreveu uma equipe de cientistas em um artigo publicado na revista científica britânica Nature.
Os pesquisadores estudaram 110 crianças do nascimento até os dois anos de idade, usando tecnologia de rastreamento do olhar para medir a forma como olhavam para os rostos das pessoas. Treze crianças foram depois diagnosticadas com algum transtorno do espectro autista (TEA).
"Em crianças pequenas diagnosticadas depois com autismo, nós vimos um declínio constante na intensidade com que olhavam para os olhos das mães ao longo dos dois primeiros anos de vida, até mesmo nos primeiros seis meses", afirmou à AFP o co-autor do estudo Warren Jones, da Escola de Medicina da Universidade de Emory, em Atlanta (sul dos EUA).
Em algumas crianças, os sinais já poderiam ser observados aos dois meses de idade. O contato visual é considerado uma parte importante da interação social e do desenvolvimento humano.
Os pesquisadores não só descobriram que desviar o olhar era algo presente em crianças autistas no início da vida, como constataram algo ainda mais importante: que o contato visual diminuiu com o passar do tempo, ao invés de estar presente desde o início.
"Ambos os fatores têm o potencial de mudar dramaticamente as possibilidades para futuras estratégias de intervenções precoces", afirmou o co-autor Ami Klin, diretor do Centro de Autismo Marcus, também em Atlanta.
Embora não haja cura para o autismo, estudos demonstram que adotar o quanto antes uma terapia comportamental melhora o aprendizado, a comunicação e as habilidades sociais de crianças pequenas diagnosticadas com o transtorno.
Os pesquisadores utilizaram a tecnologia para medir os padrões de movimento dos olhos, enquanto mostraram às crianças vídeos de atores brincando e interagindo com elas.
Eles descobriram que as crianças pequenas diagnosticadas mais tarde com TEA prestaram cada vez menos atenção aos olhos do ator com o passar do tempo, um padrão que não costuma ser visto em crianças pequenas com desenvolvimento típico.
Os cientistas revelaram que as crianças cujos níveis de contato visual diminuíram mais rapidamente se tornaram, mais tarde, as mais incapacitadas.
Os estudiosos acompanharam dois grupos de crianças: 51 com baixo risco de desenvolver autismo e 59 com risco elevado (aquelas com um irmão mais velho já diagnosticado).
O TEA descreve um amplo espectro de transtornos nos quais uma pessoa é incapaz ou não deseja se comunicar ou interagir com outras, frequentemente de forma incapacitante.
Alguns pacientes sofrem atrasos no desenvolvimento cognitivo, enquanto outros podem apresentar dons espantosos em áreas específicas como matemática ou música. As causas do distúrbio ainda são um mistério.
Segundo números da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma em 160 crianças tem algum transtorno do espectro autista, considerado uma das condições psiquiátricas com hereditariedade mais elevada.
A equipe alertou que os pais não conseguiriam observar o declínio do contato visual sozinhos. "Os sinais que observamos só são visíveis com a ajuda de tecnologia sofisticada e demandaram muitas outras medições ao longo de muitos meses. Se os pais tiverem alguma inquietação, deveriam consultar seus médicos", alertou Jones.