Ciência e Saúde

Grupo faz macacos controlarem com a mente um par de braços virtuais

O feito é fundamental para o projeto que busca ajudar uma pessoa tetraplégica a dar o pontapé inicial na Copa do Mundo de 2014

postado em 07/11/2013 09:49
O feito é fundamental para o projeto que busca ajudar uma pessoa tetraplégica a dar o pontapé inicial na Copa do Mundo de 2014

Abrir uma lata de refrigerante, digitar um texto no celular ou no computador, praticar esportes como vôlei e basquete. Todas essas ações são, geralmente, realizadas com um movimento coordenado dos pares de mãos e braços que pode parecer simples para a maioria das pessoas, mas são um sonho ainda distante para quem sofre com paralisias. Agora, um estudo coordenado pelo brasileiro Miguel Nicolelis, professor de neurobiologia da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, tornou esse desejo mais próximo para esses pacientes.



Em um artigo publicado na edição de hoje da revista especializada Science Translational Medicine, o grupo de Nicolelis mostra como conseguiu fazer com que macacos controlassem simultaneamente dois braços virtuais, mostrados em um monitor, apenas com comandos mentais. Estudos anteriores conduzidos pelo próprio brasileiro tinham alcançado resultados semelhantes com apenas um braço. O grande feito desse trabalho é a conquista dos movimentos bimanuais ; muito mais complexos do ponto de vista neurológico. O avanço é importante para o sucesso do projeto Andar de Novo, que reúne cientistas do Brasil, dos EUA e do Japão com o objetivo de ajudar uma pessoa tetraplégica a dar o pontapé inicial na Copa do Mundo de 2014.

A linha de pesquisa trabalha com as chamadas interfaces cérebro-máquinas (ICMs), mecanismos que ligam equipamentos mecânicos diretamente ao cérebro. Assim, a máquina pode interpretar a vontade de movimento manifestada pela mente e reagir a ela. A ideia é usar essa tecnologia para construir próteses movidas pelo pensamento. O paciente imagina que está mexendo o braço artificial, a atividade cerebral é interpretada, e a prótese se mexe. No caso do projeto para o Mundial de 2014, a meta é fazer com que um paciente com lesão medular vista uma espécie de armadura que, controlada pelo cérebro, o ajude a andar e chutar a bola.

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