Ciência e Saúde

Neuralgia do trigêmeo atinge até 5% de quem sofre com dores de cabeça

Comum em idosos, a neuralgia do trigêmeo tem origem no nervo da face e afeta do queixo à parte superior da testa. O mal pode ser confundido com enxaqueca e problemas no dente, mas costuma não ser amenizado com analgésicos comuns

Elian Guimarães/Estado de Minas
postado em 12/11/2013 06:05
Belo Horizonte ; Uma pontada forte, como se um dentista atingisse o nervo do dente do paciente com um instrumento pontiagudo. Uma dor cujos analgésicos habituais não conseguem deter. Essas são as principais características da neuralgia do trigêmeo, um distúrbio que atinge entre 1% e 5% das pessoas que sofrem dores de cabeça (70% da população sentirá dores encefálicas ao menos uma vez na vida), segundo a secretária de Neuroimunologia da Academia Brasileira de Neurologia, Elizabeth Regina Comini Frota. A incidência do distúrbio é maior em idosos e, entre eles, nos diabéticos ou com doenças vasculares.

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A dor de dente é uma de suas manifestações, mas a neuralgia do trigêmeo pode atingir outros pontos da região anterior da cabeça, como testa, maxilar e mandíbula. Trata-se de uma dor que beira o insuportável e, apesar da curta duração, pode se repetir ao longo do dia. Há pessoas que sofrem com o problema durante anos. ;A doença é caracterizada por qualquer dor no nervo que atinge a face em área que vai do queixo até um pouco acima da testa. Esse nervo trigêmeo sai de dentro do tronco encefálico ; região muito importante do corpo, pois liga o cérebro à medula e é dessa área que se propagam todos os nervos cranianos. São muitos nervos em região muito pequena e com muitas estruturas importantes;, diz a neurogolista Elizabeth Frota, que também atua no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC/UFMG).

Esse nervo é conhecido como trigêmeo por estar distribuído por três regiões da face: a parte oftálmica, a maxilar e a mandibular. Quando ele encosta em alguma artéria da região que tenha uma parede mais espessa ou mesmo por dilatação dessa artéria, pode surgir a dor. ;Essa proximidade entre nervo e artéria provoca sensibilidade e aumenta a pressão no local. Quando acontece na parte oftálmica, às vezes o desconforto gerado pode ser confundido com outras dores cranianas;, acrescenta Frota.

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