Ciência e Saúde

Atividade física moderada na gravidez ajuda formação cerebral da criança

Segundo estudo, vinte minutos de atividade, três vezes por semana, já fazem uma diferença significativa

Paloma Oliveto
postado em 12/11/2013 11:35
A relações públicas Patrícia Silva fez questão de continuar ativa durante a terceira gestação:

Praticante de pilates, Sílvia Lobo acrescentou o alongamento à rotina para facilitar o parto:

Um dos bebês avaliados na pesquisa: atividade cerebral mais intensa

Há muito tempo, as futuras mamães descobriram que vale a pena superar o cansaço que acompanha o peso extra da barriga e se exercitar durante a gestação. Para elas, os ganhos são diversos. Bem orientada, a atividade física reduz riscos de complicações como diabetes e eclâmpsia, além de ajudar a manter a forma antes e depois do parto. Os benefícios, contudo, não se restringem às mulheres. De dentro do útero, os bebês já começam a colher os frutos da malhação materna: segundo um estudo apresentado no Congresso de Neurociências de San Diego, o cérebro de recém-nascidos cujas mães se exercitaram na gravidez se desenvolve mais intensamente, o que se traduz em habilidades cognitivas afiadas durante toda a vida.

[SAIBAMAIS]Não é preciso ; nem se deve ; pegar pesado nos exercícios. A pesquisa indicou que bastam 20 minutos de atividade moderada três vezes por semana para estimular a atividade cerebral dos bebês. ;Já é consenso que um estilo de vida ativo é benéfico para a cognição de crianças, adultos e idosos. Mas essa é a primeira vez que verificamos que os exercícios físicos da gestante também têm um impacto para os recém-nascidos;, observa o neurologista Dave Ellemberg, especialista em neurodesenvolvimento e principal autor do estudo. De acordo com ele, testes anteriores realizados com animais demonstraram que ratinhos nascidos de fêmeas que se exercitaram durante a gestação se saíam melhor em tarefas envolvendo memória e aprendizado. Além disso, nesses animais, observou-se uma taxa maior de formação de neurônios no hipocampo. ;Acreditávamos que isso também ocorreria entre humanos;, conta Ellemberg.



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