A união faz a força. Um experimento de laboratório conduzido por pesquisadores franceses acaba de corroborar a ideia por trás do famoso dito popular. Pelo menos no que diz respeito às inovações técnicas. No estudo, publicado esta semana na revista Nature, os cientistas acharam indícios de que grupos sociais maiores são capazes de criar tecnologias mais sofisticadas, um resultado que ajuda a compreender por que a humanidade viveu saltos de criatividade em determinados períodos.
Para testar a hipótese de que a quantidade influencia na capacidade produtiva de uma sociedade, especialistas da Universidade Montpellier pediram para que voluntários criassem, por meio de um jogo de computador, pontas de flecha e redes de pesca. O desafio consistia em ligar pontos pretos utilizando algumas retas (no caso das flechas) e retas e tipos diferentes de nós (para as redes). Divididos em grupos de duas, quatro, oito ou 16 pessoas, os participantes assistiam a um vídeo de instruções e partiam para realizar a tarefa de forma individual.
Entre uma tentativa e outra, porém, eles podiam conferir como estava o processo de criação dos colegas de grupo. Um indivíduo em uma turma de oito voluntários, por exemplo, podia comparar seu trabalho com o de sete pessoas. No fim, os conjuntos de oito e 16 participantes chegaram a resultados muito superiores aos alcançados pelas duplas e quartetos, em alguns casos, até mais sofisticados que os do vídeo de demonstração (veja infografia). ;A produção de inovação aumenta com o tamanho do grupo porque mais eventos de cópia produzem uma maior variação cultural;, diz o principal autor do artigo, Maxime Derex.
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