Paloma Oliveto
postado em 14/11/2013 06:05
O mal é lento e silencioso. Até que os primeiros sinais apareçam, podem se passar duas a três décadas. Sem aviso aparente, o Alzheimer vai se alojando entre os neurônios para, então, tomar conta do cérebro. Enquanto não se encontra a cura ou o tratamento adequado para a doença, a medicina busca formas de identificá-la antes que as funções mentais sejam totalmente comprometidas. Apesar de não ser possível, ainda, retardar a degeneração, remédios conseguem manejar sintomas como a perda da memória e a agressividade.Leia mais notícias em Ciência e Saúde
Um exame detalhado dos olhos e a aferição da pressão do pulso podem se tornar novas ferramentas para auxiliar os médicos a diagnosticarem o Alzheimer precocemente. Dois estudos independentes encontraram relação entre anomalias na retina e alterações na variação entre a pressão sistólica e a diastólica e o risco para a doença. ;Apesar de os tratamentos atuais terem eficácia limitada, um diagnóstico precoce pode ajudar no desenvolvimento de intervenções que busquem prevenir ou atrasar o processo neurodegenerativo, assim como contribuir para a formulação e a avaliação de novos tratamentos;, opina o neurologista Stephan Frost, professor da Universidade de Western Austrália e pesquisador da doença.
Autor de um estudo apresentado hoje no Neuroscience 2013, encontro anual da Sociedade de Neurociência dos EUA, o neurologista R. Scott Turner conta que um dos biomarcadores pode ser a espessura dos tecidos que compõem a retina. Essa membrana ocular é constituída por células conectadas diretamente ao cérebro ; inclusive por neurônios. ;É uma extensão do cérebro. Então, faz sentido investigar se os mesmos processos patológicos encontrados em um órgão com Alzheimer estão presentes nos olhos.;
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