Isabela de Oliveira
postado em 16/11/2013 08:00
Uma garota de 12 anos narra, em seu blog, que está magra, mas insatisfeita. ;Ainda tenho que perder muitos quilos, pois continuo gorda e nojenta. Nunca vou desistir da Ana (forma como as meninas referem-se à anorexia), que não exige nada em troca por estar me fazendo magra, linda e feliz;, escreveu Lu, maneira como a adolescente se identifica no diário virtual. Transtornos alimentares como o dela são mais comuns em mulheres e acometem principalmente as mais jovens. Uma pesquisa recente publicada no periódico Eating Behaviors sugere que eles podem ser evitados se alguns traços de personalidade forem identificados pelos pais e profissionais de saúde.Segundo a pesquisa de Astrid von Lojewski, da Universidade de Sydney, e Suzanne Abraham, da Northside Clinic, ambas na Austrália, a presença e a severidade de um distúrbio de personalidade podem influenciar o curso e o desenvolvimento de transtornos relacionados à alimentação. Elas descreveram que tipos de comportamento são mais propícios a desenvolverem a bulimia e a anorexia, doenças psiquiátricas que aparecem com complicações médicas relevantes, morbidades e taxas de mortalidade de até 20%.
Myrna Campagnoli, endocrinologista pediátrica do Laboratório Exame, conta que o início do diagnóstico dessas doenças pode ser muito turvo, pois o quadro clínico ainda não está completamente formado. ;Os traços de personalidade poderiam nos ajudar a ;prever; que tipo de distúrbio pode aparecer. Às vezes, quando o médico se depara com uma situação assim, ele precisa dar um tiro no escuro, pois os sintomas ainda não apareceram totalmente.;
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