Bruna Sensêve
postado em 03/12/2013 08:22
Um dos maiores desafios atuais na busca pela erradicação do HIV do organismo de pessoas sob tratamento está nos chamados reservatórios do vírus. Eles são compostos por células infectadas afastadas da corrente sanguínea e com o micro-organismo em estado latente. Juntas, as duas condições fazem com que essas células não sejam atingidas pelos antirretrovirais, contribuindo para a manutenção da infecção. Diversas estratégias para atingir esses ;santuários; são formuladas e testadas em todo o mundo. Entre os grupos de cientistas empenhados nessa busca, estão os pesquisadores da Escola de Medicina Albert Einstein, em Nova York (EUA). Em apresentação no Encontro Anual da Sociedade Radiológica da América do Norte (RSNA, em inglês), hoje, eles mostram experimentos iniciais bem-sucedidos de erradicação do vírus com a radioimunoterapia, atualmente usada no tratamento contra o câncer.Com as terapias antirretrovirais existentes, é possível reduzir a carga viral na corrente sanguínea de pacientes a níveis indetectáveis, inclusive com o bloqueio da replicação do HIV. Mas apenas essa ação não é suficiente para alcançar a cura total do indivíduo. Se a medicação for interrompida, reservatórios do vírus em estado latente localizados principalmente no intestino, no cérebro e no sistema imunológico tendem a se replicar e ;reativar; a infecção. ;Num paciente com HIV em tratamento, as drogas suprimem a replicação viral, o que significa que o número de partículas virais na corrente sanguínea de um paciente se mantém muito baixo. Entretanto, os antirretrovirais não podem matar as células infectadas pelo HIV;, esclarece a principal autora do estudo, Ekaterina Dadachova, também professora de radiologia, microbiologia e imunologia.
Ela acrescenta que qualquer estratégia que busque a cura da infecção deve incluir uma forma de eliminar totalmente o vírus. Isso inclui as células infectadas por ele, além de apenas o vírus em si, como fazem os antirretrovirais. ;Na radioimunoterapia, os anticorpos se ligam às células infectadas e as matam por radiação. Quando a terapia com antirretrovirais e a radioimunoterapia são usadas juntas, elas matam o vírus e as células infectadas, respectivamente.; Nessa direção, Dadachova e a equipe de cientistas liderada por ela utilizaram a radioimunoterapia em amostras de sangue de 15 pacientes infectados pelo vírus da Aids.
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