Roberta Machado
postado em 13/12/2013 06:03
Observações feitas no fim do ano passado com o telescópio espacial Hubble apontam que um dos 67 satélites de Júpiter expele jatos de vapor d;água frequentemente. O fenômeno foi detectado no polo sul da lua Europa, um objeto pouco menor que a nossa lua e que é coberto de gelo. Estudos anteriores já haviam apontado que o satélite esconde um vasto oceano de água salgada sob seu escudo congelado, mas essa foi a primeira vez que provas apontam que o líquido está em atividade constante com a superfície. Pela abundância de água, Europa é um dos principais destinos considerados para futuras missões tripuladas.Leia mais notícias em Ciência e Saúde
As erupções ocorrem, segundo os cientistas, quando a lua jupteriana se afasta do seu planeta. É no ponto mais distante da órbita que as pressões gravitacionais puxam o objeto de volta, e aumentam a temperatura da água subterrânea, que é expelida para a superfície a uma velocidade de 700 metros por segundo. A água sai por rachaduras que são abertas na outra extremidade da órbita, quando a lua está próxima a Júpiter e sofre uma pressão que baixa o nível do oceano subterrâneo. É também esse sistema que mantém a água no estado líquido, mesmo tão longe do Sol.
Estima-se que as plumas de água atinjam 200 metros de altura. Os vapores só aparecem em períodos de sete horas por vez. Assim que a lua retoma seu caminho, as erupções cessam. A dinâmica é similar à registrada em Encélado, uma das luas de Saturno. Para o pesquisador James Green, da Divisão de Ciências Planetárias da agência espacial norte-americana (Nasa), a descoberta vai forçar os cientistas a criarem um outro modelo geológico e histórico para a Europa. ;Tenho certeza de que os dados vão mudar nossa visão sobre como Europa evoluiu ao longo do tempo;, avalia o especialista.
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