Ciência e Saúde

Percalços e as vitórias vividos por quem batalha contra o HIV

Trinta anos depois da descoberta da doença, o micro-organismo ainda intriga médicos, cientistas e pacientes.

Bruna Sensêve
postado em 26/12/2013 06:45
Pouco mais de três décadas atrás, um surto de infecções oportunistas e de um tipo de câncer conhecido como sarcoma de Kaposi foi relatado em um pequeno número de homens homossexuais na Califórnia e em Nova York. As primeiras doenças são nomeadas oportunistas por se aproveitarem da fraqueza do sistema imunológico do paciente para se instalar. A segunda é um tumor raro em indivíduos com as defesas do organismo íntegras, mas comum entre pacientes diagnosticados com a síndrome da imunodeficiência adquirida ; ainda uma incógnita para os médicos da época. Em poucos anos, a enfermidade desconhecida tornou-se temida ao redor do mundo e amplamente conhecida pela breve sigla: Aids.

Segundo o infectologista e imunologista Esper Kallás, do Hospital Sírio-Libanês, assim que os primeiros casos da doença foram identificados, as vítimas chamaram a atenção por algumas características em comum. ;A primeira delas é que a grande maioria era homem homossexual com doenças infecciosas características de pessoas que tinham deficiências graves no sistema de defesa, mas que eram previamente saudáveis;, descreve. A busca por essas convergências entre os diagnosticados com a misteriosa doença foi intensa até a descoberta de que havia um defeito na resposta imune celular desses pacientes. ;Viram que uma célula do sistema de defesa conhecida como linfócito T CD4 estava muito baixa. Com essas características comuns, passaram a definir uma síndrome.;

O termo é usado para um conjunto de sinais e sintomas agrupados em torno de uma doença. ;Chamaram de síndrome de imunodeficiência adquirida porque todas essas pessoas não tinham no passado qualquer histórico que evidenciasse essa deficiência no sistema de defesa;, explica Kallás. Pouco antes, em 1982, o problema foi temporariamente chamado de doença dos 5 H porque era diagnosticada em homossexuais, hemofílicos, haitianos, heroinômanos (usuários de heroína injetável) e hookers (nome em inglês dado aos profissionais do sexo).

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