Paloma Oliveto
postado em 29/12/2013 07:00
Do amor à preferência musical, da crença em Deus às escolhas políticas, do porquê alguém gostar mais de verde que de amarelo ; o cérebro explica. Para tudo existe resposta neurológica: a paixão por gadgets, a obsessão por dietas, a vontade incontrolável de atacar uma barra de chocolate e até a habilidade de Bruce Lee de executar seu famoso soco de uma polegada. Nem os sete pecados capitais escaparam, sendo apoderados por pesquisadores que encontraram, na ativação da região x ou y, a origem de ira, gula, avareza, luxúria, inveja, preguiça e vaidade.
Em plena era da neurociência, contudo, nem todos os especialistas concordam que o órgão mais misterioso do corpo é 100% responsável pelo comportamento. Para esses cientistas, creditar a reações químicas cerebrais todo tipo de crença e conduta é uma visão materialista e reducionista, adotada por quem não quer admitir que, na verdade, muito pouco se sabe sobre a mente e a consciência humanas, entidades que não podem ser vistas nem medidas.
Até a década de 1990, questões como espiritualidade, paixão e personalidade eram estudadas principalmente à luz da filosofia, da religião e da psicologia. Mas, então, começou a se popularizar uma máquina ;leitora de mentes;, o escâner de ressonância magnética, idealizado pelo armênio Raymond Vahan Damadian em 1969. O exame revolucionou a medicina diagnóstica. Sem emitir radiação, ele é capaz de mostrar o interior do corpo em detalhes que, até aquela época, jamais haviam sido visualizados em uma pessoa viva. Dessa forma, a ressonância revela problemas diversos: de tumores a tendinites.
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