Paula Takahashi
postado em 15/01/2014 08:07
Belo Horizonte ; Pesquisas no campo da medicina nuclear devem andar lado a lado com os avanços tecnológicos propostos pela indústria de aparelhos de imagem. São os resultados desses estudos os responsáveis por disponibilizar às redes de hospital e clínicas especializadas os marcadores radioativos, considerados a principal matéria-prima para a realização dos exames de tomografia. Injetada no corpo do paciente minutos antes do exame, essa substância localiza o tumor e denuncia a presença dele por meio da emissão de partículas detectadas pelos raios gama (fóton). As imagens captam exatamente a área onde esses marcadores se concentram, indicando a existência de atividade metabólica desordenada.
Com sobrevida curta, de alguns minutos até poucas horas, os marcadores ou radiofármacos devem ser produzidos próximos à área de aplicação. O desafio é enorme, se considerado um país continental como o Brasil. Em Minas Gerais, somente o Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear (CDTN) ; instituição vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação ; produz o FDG, um dos traçadores mais utilizados nos exames.
O FDG é um tipo de glicose, semelhante ao açúcar consumido na dieta diária, marcada com flúor-18, material radioativo capturado pelos aparelhos de diagnóstico. ;Os tumores, em geral, por trabalharem de forma desordenada, apresentam uma avidez muito grande pela glicose, utilizando-a como substrato ou alimento, havendo um alto consumo de glicose nas células tumorais;, explica a médica nuclear do Departamento de Diagnóstico por Imagem do Laboratório Hermes Pardini, Ivana Moura Abuhid. Quanto mais maligno ou agressivo for o tumor, maior avidez pela glicose.
Mas, apesar de ser o marcador mais comum nos exames de maneira geral, o FDG apresenta limitações. ;Em câncer de próstata e aqueles localizados no cérebro, ele não é capaz de identificar com precisão a localização do tumor. Por isso a necessidade de se fazer estudos com radiofármacos mais seletivos;, ressalta Juliana Batista da Silva, pesquisadora e chefe do setor de radiofarmácia do CDTN.
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