Ciência e Saúde

Homens entre 50 e 59 anos aparecem como as maiores vítimas do álcool

Na maioria dos casos, as vítimas não resistem às complicações hepáticas

Isabela de Oliveira
postado em 21/01/2014 09:25
Noites intermináveis de festas regadas a drogas lícitas e ilícitas podem dar a impressão de que os jovens são as maiores vítimas dos vícios. Todos ;uma ideia ruim;, segundo o presidente dos EUA, Barack Obama. Em entrevista publicada no domingo na revista The New Yorker, ele declarou que não acha que ;fumar maconha seja mais perigoso do que o álcool;. Dezenove estados americanos permitem o uso da maconha para fins medicinais. Com menos restrições comerciais, as bebidas alcoólicas matam anualmente 79.465 pessoas nas Américas. No Brasil, as maiores vítimas são adultos de 50 a 59 anos, segundo levantamento da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) publicado no periódico Addiction.

Para os especialistas, a cultura machista e a ineficiência das políticas públicas fazem com que o país ocupe o 5; lugar no ranking das nações americanas com mais óbitos causados pelo álcool. O levantamento com dados de 16 países das américas do Norte, Central e do Sul foi feito pelas brasileiras Vilma Gawryszewski e Maristela Monteiro. Elas verificaram que, entre 2007 e 2009, o Brasil registrou mais de 22 mil mortes diretamente relacionadas ao consumo de bebidas alcoólicas. Os homens correspondem a 88,5% do total.



Jorge Jaber, presidente da Associação Brasileira de Alcoolismo e Drogas (Abrad), acredita que taxas tão elevadas entre os consumidores do sexo masculino é cultural. ;Quando a mulher bebe, vira alvo de críticas, preconceito e desvalorização sexual. A sociedade, principalmente os homens, parte do princípio de que elas serão mais fáceis de serem conquistadas, no sentido sexual. O homem, ao contrário, é estimulado a beber, leva-se isso na brincadeira;, reflete o especialista em dependência química pela Universidade de Harvard (EUA) e membro da Associação Brasileira de Psiquiatria.

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