Bruna Sensêve
postado em 25/01/2014 07:20
Pacientes em Oregon (EUA) com mal de Par-kinson e níveis altos de vitamina D têm melhor cognição e humor. Em Boston, pesquisadores da Escola de Saúde Pública de Harvard (EUA) concluíram que indivíduos diagnosticados com esclerose múltipla e taxas superiores da mesma substância apresentam uma progressão mais lenta da doença. Na Áustria, voluntários com fibromialgia e que tinham deficiência do composto receberam suplementação e notaram uma diminuição acentuada dos sintomas. Todos esses avanços foram divulgados em importante revistas científicas internacionais nos últimos 10 dias. No Brasil, o neurologista Cícero Coimbra usa há mais de 10 anos uma superdosagem da vitamina D para tratar pacientes com esclerose múltipla e também relata benefícios. Impressionantes resultados vindos de diversos laboratórios indicam que a substância lembrada por reforçar a saúde dos ossos também pode ser uma grande aliada de uma mente sã.Nos estudos de Oregon e Harvard, os cientista analisaram os níveis de vitamina D no sangue dos voluntários e a função neuropsiquiátrica de cada um, sondagem que pode medir a progressão da doença e a gravidade dos sintomas. No caso dos 286 pacientes com Parkinson, o estudo liderado por Amy Peterson mostrou que aqueles com os maiores níveis de vitamina D também tinham menor severidade de sintomas e depressão, além de uma melhor cognição. Os dados foram ainda mais expressivos entre indivíduos sem sinais de demência, uma consequência comum da doença.
;O fato de a relação entre a concentração de vitamina D e o desempenho cognitivo parecer mais robusta no subconjunto não demente sugere que uma intervenção mais rápida, antes da demência se instalar, pode ser mais eficaz;, acredita Peterson. A opinião é compartilhada por Alberto Ascherio, que conduziu a pesquisa de Harvard. Ele e sua equipe analisaram amostras de sangue e resultados de ressonância magnética de 465 pacientes com esclerose múltipla durante cinco anos. Concluíram que pequenos aumentos na concentração de vitamina D dentro dos primeiros 12 meses estão associados a um risco 57% menor de recaída e de novas lesões cerebrais. Também foi percebida uma progressão anual mais lenta ; o aumento do volume da lesão foi 25% menor.