Uma vacina terapêutica que auxilia o corpo a lutar contra células pré-cancerosas. Essa foi a estratégia utilizada por pesquisadores americanos para proteger mulheres do câncer no colo do útero. O tratamento acelera a reação dos linfócitos T, que combatem a reprodução desordenada de células. Com o progresso detectado, os cientistas acreditam que o procedimento possa futuramente fazer com que o tratamento cirúrgico não seja mais necessário.
Leonel Maldonado, um dos pesquisadores do estudo publicado hoje na Science Translational Medicine, explica que a vacina não é imunizadora: servirá para tratar uma condição que pode evoluir para o câncer. ;Estudos anteriores avaliaram a vacina de sangue (ativação do sistema imune por meio do sangue do próprio paciente) dos voluntários a fim de observar a magnitude de uma resposta imune. Nosso estudo é o primeiro a identificar um aumento da resposta imunitária no tecido de pacientes com uma lesão pré-cancerosa do colo do útero após a vacinação com uma vacina de HPV com alvo terapêutico;, explica o professor do Johns Hopkins Medical Institutions.
No experimento, a vacina terapêutica foi aplicada em 12 mulheres com lesões no colo do útero, e os cientistas observaram uma melhora expressiva no sistema imunológico delas. As células T, responsáveis por combater a doença, se manifestaram em níveis antes não vistos. De acordo com os cientistas, essa resposta é positiva e pode contribuir para que o tratamento de lesões seja mais eficiente. ;As respostas imunes geradas pela vacina têm o potencial de induzir, em algumas mulheres, a regressão completa da lesão cervical pré-cancerosa, evitando, assim, a progressão de cancro e os tratamentos desnecessários;, completa Maldonado.
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