Bruna Sensêve
postado em 27/02/2014 07:00
Na superfície do dente, apenas proteínas e outros componentes da saliva que, juntos, formam uma camada viscosa invisível e inócua. Inicialmente inofensivas também são as bactérias naturalmente presentes na boca que encontram, nessa película dentária, um rico banquete com vestígios de açúcares e alimentos. Se não são expulsas dali com uma escovação vigorosa e regular, elas se multiplicam e formam a placa bacteriana. Cerca de 21 dias depois, ainda sem a limpeza diária, as hóspedes estabelecem uma comunidade fixa com o endurecimento da placa e a formação do cálculo dental, mais conhecido como tártaro. Feio, nojento e desagradável, o cálculo dentário é comemorado por arqueogeneticistas se encontrado nos dentes de esqueletos com mais de mil anos.
O resultado da mineralização da placa bacteriana se tornou a chave para desvendar hábitos e costumes de civilizações antigas, uma espécie de cápsula do tempo. Diferentemente dos ossos que, em pouco tempo, perdem muita informação molecular quando enterrados, o tártaro fica em um estado mais estável de preservação, conservando grande parte das bactérias, proteínas, grãos de comida e até mesmo o pólen de plantas. As informações podem ajudar pesquisadores a descreverem detalhadamente o cardápio de povos medievais, as doenças que os acometeram e como viviam. Esse tipo de análise é a principal fonte de trabalho da pesquisadora Christina Warinner, ligada ao Centro de Medicina Evolucionária da Universidade de Zurique, na Alemanha, e ao Departamento de Antropologia da Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos.
Warinner lidera um grupo internacional de pesquisadores que analisou molecular e geneticamente a arcada dentária de quatro esqueletos humanos adultos com evidência de doença periodontal média a severa e enterrados no cemitério medieval de Dalheim, na Alemanha. Essa foi a primeira análise detalhada de um microbioma oral antigo, publicada na última edição da revista científica Nature Genetics. Para comparar os dados, os pesquisadores também avaliaram o tártaro de nove voluntários modernos e com histórico dentário conhecido.
O resultado da mineralização da placa bacteriana se tornou a chave para desvendar hábitos e costumes de civilizações antigas, uma espécie de cápsula do tempo. Diferentemente dos ossos que, em pouco tempo, perdem muita informação molecular quando enterrados, o tártaro fica em um estado mais estável de preservação, conservando grande parte das bactérias, proteínas, grãos de comida e até mesmo o pólen de plantas. As informações podem ajudar pesquisadores a descreverem detalhadamente o cardápio de povos medievais, as doenças que os acometeram e como viviam. Esse tipo de análise é a principal fonte de trabalho da pesquisadora Christina Warinner, ligada ao Centro de Medicina Evolucionária da Universidade de Zurique, na Alemanha, e ao Departamento de Antropologia da Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos.
Warinner lidera um grupo internacional de pesquisadores que analisou molecular e geneticamente a arcada dentária de quatro esqueletos humanos adultos com evidência de doença periodontal média a severa e enterrados no cemitério medieval de Dalheim, na Alemanha. Essa foi a primeira análise detalhada de um microbioma oral antigo, publicada na última edição da revista científica Nature Genetics. Para comparar os dados, os pesquisadores também avaliaram o tártaro de nove voluntários modernos e com histórico dentário conhecido.
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