Ciência e Saúde

Pessoas tendem a manter o mesmo número de amigos em diferentes fases

Assim, quando um novo relacionamento íntimo se forma, outro, mais antigo, perde a intensidade

postado em 01/03/2014 06:30
Assim, quando um novo relacionamento íntimo se forma, outro, mais antigo, perde a intensidadeManter contato com um grande número de conhecidos se tornou mais fácil com as novas tecnologias e as redes sociais da internet. No entanto, o ser humano não consegue ampliar seu círculo íntimo de relacionamentos, nem com a ajuda dessas novas formas de interação, indica estudo realizado na Universidade de Oxford, na Inglaterra. Após analisar o comportamento de jovens britânicos, os autores da pesquisa concluíram que a maioria dos esforços para se comunicar ainda são dirigidos a um pequeno número de amigos e familiares, que praticamente não muda de tamanho, não importa quantos contatos estejam listados no Facebook ou no WhatsApp.

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De acordo com a análise, as pessoas tendem a operar, inconscientemente, de acordo com uma política de ;um dentro, um fora;, mantendo inalterados os padrões de comunicação. Em outras palavras, ao adicionar pessoas ao círculo mais próximo, um indivíduo, sem perceber, acaba colocando de lado antigos amigos e familiares. ;Embora a comunicação social esteja mais fácil do que nunca, parece que a nossa capacidade de manter relacionamentos emocionalmente próximos é limitada. O número varia de pessoa para pessoa, mas, em todos os casos, os indivíduos são capazes de manter relações estreitas com apenas um pequeno grupo. Então, novas amizades vêm à custa de relegar amigos antigos;, explica Felix Reed-Tsochas, cientista da Universidade de Oxford e coautor do estudo.

Para chegar a essa conclusão, o time de especialistas ; que inclui ainda pesquisadores da Universidade de Chester, no Reino Unido, e da Universidade de Aalto, na Finlândia ; entrevistou 24 estudantes ingleses e comparou as respostas com os registros de chamadas telefônicas dos celulares deles por um período de cerca de 18 meses. O período de observação coincidia com o momento em que os voluntários realizavam a transição entre a escola e a universidade ou entre o ensino superior e o mercado de trabalho. ;Estávamos interessados em fatores que moldam o padrão de relações sociais que uma pessoa possui e também em como esses laços podem mudar ao longo do tempo. A ideia era estudar os relacionamentos em um momento de mudanças;, conta Reed-Tsochas.

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