Ciência e Saúde

Obesos mórbidos têm dificuldade de atendimento na rede pública

Quando o peso corporal fica exagerado, além de uma ameaça extrema ao funcionamento do organismo, traz complicações sociais aos pacientes

Luciane Evans
postado em 03/03/2014 08:23
Belo Horizonte - A epidemia da obesidade, que atinge 51% da população brasileira, tem ganhado contornos ainda mais preocupantes. Sofrendo de obesidade mórbida, nível mais alto da doença, estão 800 mil brasileiros, muitos reclusos em casa devido a enfermidades que vieram com o excesso de peso. Nos últimos 20 anos, o número de pessoas nessa condição tem crescido consideravelmente no país, passando de 0,6% para 4% da população.

Esse grau é frequentemente identificado pelo grande acúmulo de gordura no corpo e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é diagnosticado especificamente pelo cálculo do índice de massa corporal (IMC), resultante do peso em quilogramas dividido pela altura, em metros, ao quadrado. Quando esse valor fica entre 40 e 49,9, é diagnosticada a obesidade grau III. ;Pelo estigma que a palavra obesidade mórbida traz, é melhor denominar a doença como grau 3 ou obesidade severa, o que já traz, por si só, a gravidade da enfermidade;, defende Paulo Augusto Carvalho Miranda, endocrinologista membro da comissão científica da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (Sbem).



Cláudio Corá Mottin, diretor do Centro de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital São Lucas da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), alerta que o problema é crônico e incurável. ;Não se trata de um desvio de caráter. Essas pessoas não são preguiçosas nem estão nessa situação por quererem;, ressalta. O centro gaúcho é a primeira instituição universitária a receber certificação internacional de centro de excelência em tratamento da obesidade grave. ;Esse atendimento com psicólogos e nutricionistas é previsto por lei e não pode faltar aos cidadãos;, informa Mottin.

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