postado em 05/03/2014 07:20
Caso você participasse de um leilão de objetos que pertenceram a um de seus ídolos, quais itens mereceriam uma oferta maior? Você estaria inclinado a desembolsar mais dinheiro por uma peça de roupa do que por um artefato menos pessoal, como um enfeite de mesa? Cientistas americanos apostam que sim. E a culpa, dizem, seria de um fenômeno conhecido como contágio, uma forma de pensamento mágico por meio do qual as pessoas acreditam, conscientemente ou não, que as qualidades imateriais de um indivíduo podem ser transferidas para um objeto pelo contato físico.
Diferentes estudos já tentaram demonstrar a existência do contágio mágico, mas nenhum havia chegado a uma formulação tão precisa quanto o trabalho divulgado recentemente por George E. Newman e Paul Bloom, pesquisadores da Universidade de Yale. Para comprovar a influência do fenômeno na tomada de decisões das pessoas, os autores analisaram os dados de três leilões de objetos pessoais de celebridades. Após aplicar uma série de fórmulas matemáticas, eles constataram que, quando os antigos donos das peças eram figuras bem-vistas, mais contato significava maiores lances. Contudo, se os objetos leiloados haviam pertencido a alguém de má fama, itens muito pessoais, como sapatos ou camisas, perdiam valor.
Na análise, publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), a dupla teve acesso a todas as informações a respeito de três grandes leilões: um de itens pertencentes ao ex-presidente norte-americano John F. Kennedy e à sua mulher, Jacqueline Onassis, realizado em 1996; um com itens da atriz Marilyn Monroe, em 2005; e outro, de 2010, com peças de Bernard Madoff, investidor de Wall Street preso em 2008 por articular um dos maiores golpes financeiros da história dos Estados Unidos.
Diferentes estudos já tentaram demonstrar a existência do contágio mágico, mas nenhum havia chegado a uma formulação tão precisa quanto o trabalho divulgado recentemente por George E. Newman e Paul Bloom, pesquisadores da Universidade de Yale. Para comprovar a influência do fenômeno na tomada de decisões das pessoas, os autores analisaram os dados de três leilões de objetos pessoais de celebridades. Após aplicar uma série de fórmulas matemáticas, eles constataram que, quando os antigos donos das peças eram figuras bem-vistas, mais contato significava maiores lances. Contudo, se os objetos leiloados haviam pertencido a alguém de má fama, itens muito pessoais, como sapatos ou camisas, perdiam valor.
Na análise, publicada na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (Pnas), a dupla teve acesso a todas as informações a respeito de três grandes leilões: um de itens pertencentes ao ex-presidente norte-americano John F. Kennedy e à sua mulher, Jacqueline Onassis, realizado em 1996; um com itens da atriz Marilyn Monroe, em 2005; e outro, de 2010, com peças de Bernard Madoff, investidor de Wall Street preso em 2008 por articular um dos maiores golpes financeiros da história dos Estados Unidos.
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