Belo Horizonte ; Originário da Tanzânia e amplamente disseminado entre países africanos e asiáticos, o vírus chikungunya fez as primeiras vítimas em solo caribenho em dezembro e acendeu o sinal de alerta ao longo de toda a América do Sul. Muito parecida com a dengue ; o vetor de transmissão, o mosquito Aedes aegypti, inclusive, é o mesmo ;, a doença também acarreta febre, dor de cabeça e fadiga. A grande diferença está nas dores articulares que podem acompanhar o paciente por meses. Nos casos mais agudos, essas dores se assemelham à artrite reumatoide e, em situações extremas, podem levar a deformidades.
Essa foi a primeira vez que o vírus foi transmitido no hemisfério ocidental de forma autóctone, ou seja, já contaminou os mosquitos locais. Os casos registrados anteriormente foram todos importados por meio de turistas picados em países em que a doença é endêmica (veja quadro). No Brasil, foram identificadas em 2010 três situações dessa. Na época, os viajantes chegaram infectados da Indonésia e da Índia. Com o atual caso do Caribe e as condições favoráveis, especialistas cogitam a possibilidade de propagação para a América do Sul. ;Acho que no máximo em cinco anos ele estará aqui. Mas pode ser antes;, admite Artur Timerman, infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein e umas das principais autoridades no assunto.
Ciente do risco, o Ministério da Saúde (MS) anunciou a implantação do sistema de vigilância e monitoramento da febre do chikungunya no país. Entre as ações adotadas, o órgão emitiu comunicado às secretarias estaduais e municipais de saúde alertando sobre as características e os sintomas da doença. Segundo informações da Secretaria de Vigilância em Saúde do MS, um manual está sendo preparado para ser distribuído entre os profissionais da área. O material trará detalhamento completo das ações que devem ser adotadas com foco em prevenção e controle da doença.
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