Isabela de Oliveira
postado em 15/03/2014 07:05
Muita gente acredita que os problemas de saúde que afligem as pessoas hoje não existiam tempos atrás. Afinal, não havia poluição nem alimentos industrializados, entre outras ameaças modernas à saúde. O estilo de vida dos povos antigos parece, às vezes, ser a solução para manter longe os males que rondam o homem contemporâneo. No entanto, pesquisadores do grupo Horus, formado por especialistas de diversas partes do mundo, contrariam essa convenção ao apontar indícios de que uma das inimigas mais silenciosas e traiçoeiras da humanidade atualmente, a aterosclerose, já a acompanha há milênios. A responsável pela maior parte das doenças do sistema cardiovascular, tida como um ;mal do século 21;, parece ser um fator inseparável do envelhecimento humano, favorecido por fatores ambientais.
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Os primeiros resultados do trabalho, que encontrou sinais de artérias entupidas em antigas múmias, foram divulgados em março do ano passado no Congresso do Colégio Americano de Cardiologia. Agora, novos resultados do estudo saíram no Journal of Cardiology, com informações sobre que fatores podem ter sido determinantes para o agravamento ou não da doença entre as sociedades antigas.
Gregory S. Thomas, diretor do Memorial Care Heart & Vascular Institute (EUA) e principal autor do artigo, lembra que, na primeira fase da pesquisa, apresentada em 2013, foram realizados escâneres de tomografia computadorizada para analisar 137 múmias de quatro civilizações antigas: egípcia, peruana, americana e das Ilhas Aleutas (na Península do Alasca). Cada sociedade tinha dieta e estilo de vida próprios, ;bem melhores do que os nossos atualmente;, segundo Thomas. Os exames mostraram que 44 dos restos mortais estudados apresentavam as artérias entupidas. ;Na época, comentamos que nossos resultados eram consistentes com a ideia de que os humanos têm o DNA suscetível à aterosclerose;, comenta o autor.
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Os primeiros resultados do trabalho, que encontrou sinais de artérias entupidas em antigas múmias, foram divulgados em março do ano passado no Congresso do Colégio Americano de Cardiologia. Agora, novos resultados do estudo saíram no Journal of Cardiology, com informações sobre que fatores podem ter sido determinantes para o agravamento ou não da doença entre as sociedades antigas.
Gregory S. Thomas, diretor do Memorial Care Heart & Vascular Institute (EUA) e principal autor do artigo, lembra que, na primeira fase da pesquisa, apresentada em 2013, foram realizados escâneres de tomografia computadorizada para analisar 137 múmias de quatro civilizações antigas: egípcia, peruana, americana e das Ilhas Aleutas (na Península do Alasca). Cada sociedade tinha dieta e estilo de vida próprios, ;bem melhores do que os nossos atualmente;, segundo Thomas. Os exames mostraram que 44 dos restos mortais estudados apresentavam as artérias entupidas. ;Na época, comentamos que nossos resultados eram consistentes com a ideia de que os humanos têm o DNA suscetível à aterosclerose;, comenta o autor.