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No futuro, mergulhadores em busca de tesouros submersos poderão topar com uma gigantesca mulher coroada segurando uma rocha. Ou percorrerão, a nado, um conjunto de casas coloridas e igrejas banhadas a ouro. Nas profundezas do oceano, esbarrarão nas cabeças de guerreiros maori, em uma fortaleza medieval, em gôndolas que costumavam navegar por canais. São cenas de filme-catástrofe, mas se tornarão realidade caso, nos próximos dois milênios, os termômetros subam 3;C.
Em um estudo publicado na revista Environmental Research Letters, pesquisadores da Universidade de Innsbruck, na Áustria, alertaram que um aumento de temperatura nessa ordem poderá afundar 136 dos 700 patrimônios culturais da humanidade, incluindo quatro brasileiros (veja lista ao lado). Isso porque diversas projeções e modelos climáticos mostraram que, com um planeta mais aquecido do que atualmente, haverá o derretimento das calotas polares e, consequentemente, o aumento do nível do mar. Os monumentos inventariados pela equipe do climatólogo Ben Marzeion ficam no litoral, em zonas de risco de acordo com cálculos computacionais que levaram em conta as coordenadas geográficas e a proximidade com o oceano.
As estimativas do Relatório sobre a Lacuna de Emissões, lançado no ano passado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, calculam que, até 2100, a temperatura da Terra já estará 2;C acima dos níveis pré-industriais. Marzeion explica, contudo, que o efeito de inundação não será imediato. ;Nós consideramos que isso ocorrerá nos próximos 2 mil anos. Nessa escala de tempo, a parte aquecida do oceano e as massas de gelo do Ártico e da Antártida já estarão em equilíbrio. Os cálculos realizados por um modelo computacional demonstram que, então, o nível do mar subirá a ponto de afundar 20% dos monumentos listados pela Unesco como Patrimônio Mundial da Humanidade;, diz o climatólogo.
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