Celina Aquino, Estado de Minas
postado em 19/03/2014 07:05
Belo Horizonte - Susto ao receber o diagnóstico, revolta por não ter descoberto antes a doença, angústia durante a espera pelo resultado do longo tratamento e medo de lidar com o preconceito. O abalo emocional é comum entre pacientes com hepatite C, doença crônica transmitida por vírus que provoca lesões no fígado. Muitos chegam a se isolar com receio de contaminar quem está por perto. ;Não deve haver grandes mudanças na vida, pois dá para conviver normalmente com a doença. Tem que haver vigília;, diz a psicóloga Cláudia Cristina da Cunha, que trabalha em um grupo de apoio a pacientes e familiares no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Como a hepatite C é uma doença silenciosa, as pessoas costumam não apresentar sintomas específicos nem imaginar que estão contaminadas. A grande maioria descobre o vírus por acaso, principalmente na hora de doar sangue ou realizar exames pré-operatórios. ;A primeira reação é o susto. Normalmente, são pessoas de 45 a 60 anos, com família constituída. E a doença carrega o estigma de ser sexualmente transmissível;, relata a psicóloga. Na verdade, o vírus é transmitido com mais frequência por meio de instrumentos perfurantes e cortantes contaminados (incluindo agulha, injeção e alicate de unha) e transfusões de sangue realizadas antes de 1992, quando a coleta passou a ser testada.
Passado o susto, vem a revolta ao perceber a demora para diagnosticar a doença. De fato, o exame de sangue para detectar a presença do vírus da hepatite C não é considerado de rotina, apesar de ser disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para buscar um diagnóstico precoce, o infectologista Paulo Abrão Ferreira, coordenador do ambulatório de hepatites virais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), defende que todas as pessoas com risco maior de adquirir a doença (por transfusão de sangue, histórico de uso de drogas, comportamento sexual desprotegido, piercing ou tatuagem) façam o teste.
Como a hepatite C é uma doença silenciosa, as pessoas costumam não apresentar sintomas específicos nem imaginar que estão contaminadas. A grande maioria descobre o vírus por acaso, principalmente na hora de doar sangue ou realizar exames pré-operatórios. ;A primeira reação é o susto. Normalmente, são pessoas de 45 a 60 anos, com família constituída. E a doença carrega o estigma de ser sexualmente transmissível;, relata a psicóloga. Na verdade, o vírus é transmitido com mais frequência por meio de instrumentos perfurantes e cortantes contaminados (incluindo agulha, injeção e alicate de unha) e transfusões de sangue realizadas antes de 1992, quando a coleta passou a ser testada.
Passado o susto, vem a revolta ao perceber a demora para diagnosticar a doença. De fato, o exame de sangue para detectar a presença do vírus da hepatite C não é considerado de rotina, apesar de ser disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para buscar um diagnóstico precoce, o infectologista Paulo Abrão Ferreira, coordenador do ambulatório de hepatites virais da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), defende que todas as pessoas com risco maior de adquirir a doença (por transfusão de sangue, histórico de uso de drogas, comportamento sexual desprotegido, piercing ou tatuagem) façam o teste.
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