Marcus Celestino, Estado de Minas
postado em 24/03/2014 07:03
Belo Horizonte - Depois da queda, a ascensão. A Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), situada na Ilha do Rei George, no gélido continente antártico, foi acometida por um incêndio que destruiu 70% das instalações em 25 de fevereiro de 2012 %u2014 além de ter causado a morte de dois oficiais da Marinha brasileira. Depois de um 2013 sem nenhuma expedição e com foco total na reconstrução do prédio principal da base militar, este ano promete ser movimentado em termos expedicionários. É o que esperam os pesquisadores envolvidos em um projeto iniciado em fevereiro de 1984.
Um deles é o professor Andres Zarankin. Chefe do Departamento de Antropologia e Arqueologia da Universidade Federal de Minas Gerais (DAA/UFMG) e coordenador do Laboratório de Estudos Antárticos em Ciências Humanas (Leach), Zarankin retornou recentemente da EACF, numa das primeiras expedições posteriores ao incêndio de 2012. Os estudos do professor, que contabiliza mais de uma dezena de idas ao continente para estudos, mesmo não sendo ligados diretamente à Estação, acabaram prejudicados por causa da logística da viagem.
No ano passado, era preciso remover entulho, levar militares para a realização de tarefas, transportar equipamentos básicos para serem instalados. Enfim, para levar os pesquisadores, implica uma semana de viagem de barco. "É impossível, logisticamente, nos transportar", explica o pesquisador de origem argentina. As expedições participantes do Programa Antártico Brasileiro (Proantar) dispõem de duas opções para chegar ao local. A primeira é rumar de barco do sul do Chile até lá ou ir de avião e aterrissar num aeroporto chileno na Antártica. No caso do grupo de Zarankin, ainda é necessário viajar de barco até uma ilha na qual os sítios arqueológicos se localizam. Uma parada rápida na EACF também ocorre.
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