Juliana Ferreira, Estado de Minas
postado em 25/03/2014 07:00
Belo Horizonte ; Objetos de couro são supervalorizados pelos consumidores. Nada mais chique do que uma bolsa, um sapato ou um banco de carro feitos puramente com o material. O mercado está aquecido, como mostra o último relatório da Secretaria de Comércio Exterior. Somente no primeiro mês deste ano, as exportações de peles renderam um total de US$ 201,955 milhões, crescimento de 22,5% em relação a janeiro de 2013. Mas essa indústria é mais complexa do que parece aos olhos do comprador, gerando 200 mil toneladas por ano de resíduos prejudicais à natureza. Os detritos deveriam ser encaminhados a aterros especiais, mas, devido ao alto custo, parte das empresas acaba descartando-os em locais inadequados.
Após estudar esse problema por uma década, desde o tempo em que dava aulas em uma universidade do Rio Grande do Sul, Luiz Carlos Alves de Oliveira, hoje professor do Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), se dedicou à busca por uma solução, o que lhe rendeu, no ano passado, o prêmio Finep de Inovação 2013. A técnica desenvolvida por ele pode reduzir os riscos de contaminação do meio ambiente, além de diminuir os custos da indústria, que perde 10% da pele bovina usada na fabricação do material.
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Durante a produção do couro, há o processo de rebaixamento da pele, quando é necessário nivelar a espessura da peça, que é curtida com o cromo. O metal pesado, usado em forma líquida, confere maciez, elasticidade e durabilidade ao produto. ;Desenvolvemos uma patente que descreve um método diferente, inovador e barato para retirar o cromo do couro. É um problema ambiental seriíssimo, e ele é cancerígeno;, conta Oliveira, que criou um catalisador capaz de dissolver o resíduo em dois produtos, que voltam para a indústria e podem gerar mais lucro.
Após estudar esse problema por uma década, desde o tempo em que dava aulas em uma universidade do Rio Grande do Sul, Luiz Carlos Alves de Oliveira, hoje professor do Departamento de Química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), se dedicou à busca por uma solução, o que lhe rendeu, no ano passado, o prêmio Finep de Inovação 2013. A técnica desenvolvida por ele pode reduzir os riscos de contaminação do meio ambiente, além de diminuir os custos da indústria, que perde 10% da pele bovina usada na fabricação do material.
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