Ciência e Saúde

Doença do coração de alta incidência é estudada por brasileiros

Doença que afeta diretamente o músculo cardíaco, fazendo com que ele "inche", a miocardiopatia dilatada dificulta o bombeamento natural do sangue para o organismo. No Brasil, pesquisadores investem na busca de terapias para garantir qualidade de vida aos pacientes

Bruna Sensêve
postado em 30/03/2014 08:00
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A cena de Carolina Dieckmann raspando os cabelos na novela Laços de família, exibida em 2000, tornou-se histórica e chamou a atenção de todo o Brasil para o drama das pessoas que sofrem com a leucemia. Nove anos depois, as extensas sessões de fisioterapia da personagem de Alinne Moraes em Viver a vida contaram a recuperação de uma modelo que ficou tetraplégica após um acidente automobilístico. Ao que tudo indica, os próximos capítulos do novo folhetim de Manoel Carlos deixarão os telespectadores bastante preocupados com a saúde de Cadu, personagem de Reynaldo Gianecchini. Cansaço, falta de ar e um edema no tornozelo surgem como os primeiros sinais clínicos de uma doença, muitas vezes, silenciosa: a miocardiopatia dilatada.



O problema tem alta incidência em todo o mundo, e instituições de pesquisa brasileiras investem em novas estratégias para aumentar a qualidade de vida e prolongar a expectativa de pacientes, que, em alguns casos, têm como única esperança a longa espera por um transplante. A doença afeta diretamente o músculo do coração, fazendo com que ele ;inche;. Essa dilatação dificulta o bombeamento normal do sangue para o todo o organismo e, consequentemente, leva à insuficiência cardíaca.

Essa é a forma mais comum das miocardiopatias, com incidência anual de dois a oito casos por 100 mil habitantes nos Estados Unidos e na Europa, além de uma prevalência estimada de 36 indivíduos por 100 mil, considerando todas as faixas etárias. O mal pode ter como causa uma série de fatores, inclusive uma predisposição genética, mas também pode não ter uma motivação explícita, como é o caso do tipo idiopático da doença. Cadu, por exemplo, é jovem, pratica exercícios, segue uma dieta balanceada e, pelo que foi retratado até agora no folhetim, não tem qualquer histórico familiar de doença cardíaca ou infarto do miocárdio. A doença do personagem se manifestará devido a uma infecção viral.

De acordo com o cardiologista do comitê de miocardiopatias da Sociedade Mineira de Cardiologia Estêvão Lanna Figueiredo, os microorganismos que podem provocar a dilatação cardíaca são vírus respiratórios comuns, como o adenovírus, que causa conjuntivite, faringite, gastroenterites ou mesmo infecções assintomáticas ou leves, mas com multiplicação e dispersão do patógeno. ;O próprio vírus da gripe pode afetar o músculo cardíaco. A pessoa pode ou não manifestar sintomas durante o quadro gripal. Às vezes tem uma frequência aumentada, falta de ar, mas nem nota.;

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