postado em 01/04/2014 07:05
A confirmação de novos casos de infecção pelo vírus ebola aumentou a preocupação de que o surto se alastre pelo continente africano. Depois de 78 mortes decorrentes da doença na Guiné, principal foco do vírus nos últimos meses, quatro óbitos foram reconhecidos na Libéria e casos suspeitos são monitorados em Serra Leoa, ambos na fronteira sul do país. Ontem, a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) classificou a situação no oeste africano como uma ;epidemia de amplitude jamais vista;. Ao mesmo tempo, representantes da Organização Mundial da Saúde (OMS) tentavam evitar o pânico, alertando que ;não há necessidade de aumentar algo que já é ruim o suficiente;, conforme defendeu pelo Twitter um representante da agência das Nações Unidas.
;Nós estamos enfrentando uma epidemia de magnitude jamais vista em termos de distribuição de casos no país: Gueckedou, Macenta, Kissidougou, Nzerekore e, agora, Conacri (a capital);, alertou Mariano Lugli, coordenador do MSF. Por sua vez, o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, que está no país desde a semana passada, assinalou que a preferência pelo termo surto, em vez de epidemia, se justifica pelo estágio inicial dos registros. ;Em francês, língua que falamos aqui, diz-se ;épidémie; porque não há outro termo equivalente, mas preferirmos nos referir à situação como surto por ainda estar no começo;, explicou ao Correio.
Desde janeiro, a Guiné enfrenta uma proliferação da febre hemorrágica causada pelo ebola. Em seu último balanço, o Ministério da Saúde do país atesta que 22 óbitos em decorrência do vírus estão confirmados em laboratórios. Há 44 pessoas sob monitoramento. Na Libéria, além das quatro mortes, há três casos de infecção pelo vírus confirmados e outros sob investigação, segundo a OMS. Nenhuma vítima teve a doença diagnosticada em Serra Leoa ; aguarda-se o resultado de exames em cinco pacientes.
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