Ciência e Saúde

Cientistas de Seattle publicam atlas da comunicação das células nervosas

Beneficiados pelo milionário programa lançado há um ano por Barack Obama, estudo deve ajudar a desvendar mecanismos por trás de distúrbios

Paloma Oliveto
postado em 03/04/2014 09:04

Imagem computadorizada reproduz conexões dos neurônios de um roedor: detalhamento sem precedente em dois mapas

O cérebro humano é tão complexo quanto uma galáxia. De fato, estima-se o número de neurônios em 100 bilhões, a mesma quantidade de estrelas da Via Láctea. Esse misterioso e imenso universo compreendido no crânio comanda o corpo inteiro: de atos complexos, como pensamentos, a ações automáticas, como um piscar de olhos. Para isso, as células cerebrais trabalham todo o tempo em sintonia. Falhas na comunicação entre elas podem acarretar problemas variados, que vão de depressão a esquizofrenia.

[SAIBAMAIS]Apesar da importância das conexões dos neurônios, elas ainda não foram completamente esclarecidas. ;Estudar e entender melhor o cérebro é essencial para elucidar os mecanismos que estão por trás de inúmeros distúrbios do neurodesenvolvimento. O que tínhamos até agora, porém, não fornecia o grau de detalhamento que necessitamos para começar a desvendar a complexidade cerebral;, observa Ed S. Lein, pesquisador do Instituto de Ciência Cerebral Allen de Seattle, nos Estados Unidos. Ele é um dos autores de uma pesquisa publicada na revista Nature que revelou o primeiro atlas com dados em larga escala do cérebro mamífero.



;Essa é uma iniciativa pioneira e revolucionária que nos fornecerá informações sobre como o sistema nervoso processa todo tipo de informação;, acredita. Há um ano, o presidente americano Barack Obama lançou a Iniciativa Cérebro, um projeto de US$ 100 milhões para financiamento de pesquisas com o objetivo de traçar um panorama completo de como se pensa, aprende e recorda. Um dos focos é o combate ao Alzheimer, doença neurodegenerativa que afeta mais de 35 milhões de pessoas em todo o mundo, com perspectiva de atingir o dobro desse número a cada 20 anos, de acordo com a Organização Mundial de Saúde. A pesquisa publicada na Nature foi uma das contempladas com o patrocínio do governo.

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